Em 2020 será realizada a 47ª edição da Copa América, apenas um ano após a seleção brasileira ter conquistado em casa o nono campeonato sul-americano de sua história. Esse intervalo tão curto entre uma edição e outra se explica pela decisão da Conmebol de fazer com que a Copa América coincida com a Eurocopa, que desde sempre é realizada nos anos pares em que não há Copa do Mundo.
Outro ponto digno de nota em relação à próxima edição do torneio é que, pela primeira vez, serão dois os países-sede: Argentina e Colômbia. Enquanto até aqui os colombianos sediaram a competição apenas uma vez – em 2001, quando conquistaram seu único título –, os argentinos já o fizeram por nove vezes – a última em 2011, quando foram eliminados nas quartas de final pelo Uruguai.
Mas, independentemente do país que sedia a competição, os favoritos são quase sempre os três principais vencedores do torneio: Uruguai, Argentina e Brasil, respectivamente. Esse favoritismo se explica não só pela tradição destas que são as únicas três seleções sul-americanas campeãs mundiais, mas também pela qualidade dos seus jogadores.
Argentina
Qualquer time que conte com Lionel Messi merece atenção. No entanto, é nítido que o craque argentino sente o peso da responsabilidade de liderar a sua seleção na quebra de um jejum de títulos que vem desde 1993. E, embora ofensivamente a equipe conte com Sergio Agüero e Lautaro Martínez, defensivamente pode fazer falta alguém como o antigo capitão Javier Mascherano.
É verdade que o elenco deve contar também com jogadores promissores como Martínez Quarta e Exequiel Palacios, que disputaram as últimas duas finais da Libertadores pelo River Plate – a mais recente contra o Flamengo. Mas, mais do que nunca, o que pode fazer a diferença a favor da seleção argentina é jogar diante de sua tão apaixonada torcida.
Brasil
A eficiência tende a ser a marca dos times comandados por Tite, e os números da última Copa América dão apoio a isso: antes da final do ano passado, a equipe contava com o melhor ataque da competição (10 gols marcados), melhor média de passes acertados (88,8%) e maior média de posse de bola (61,4%).
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Apesar disso, a seleção ainda não convence dentro de campo. O retorno de Neymar – o grande ausente da última edição do torneio – talvez ajude a mudar isso. No mais, é provável que vejamos também pelo menos alguns dos jogadores do Flamengo que enfrentaram o Liverpool na final do Mundial de Clubes do ano passado, como Gabigol, Bruno Henrique e Rodrigo Caio.
Uruguai
Não há muito que se dizer a respeito do Uruguai que todos que acompanham futebol há anos já não saibam. A dupla de ataque, formada por Luis Suárez e Edinson Cavani, ainda é uma das mais temidas do mundo. E o sistema defensivo, com jogadores como Diego Godín e Martín Cáceres, sempre impõe respeito.
Por outro lado, todos esses são jogadores veteranos, e isso ajuda a explicar porque as cotações dos sites de apostas deixam claro o quão improvável seria o Uruguai superar a Argentina: as duas equipes se enfrentarão pela segunda rodada da competição e, de acordo com as odds de 17 de janeiro do site Betway Esportes, casa de apostas online, uma vitória dos donos da casa paga 1,83, enquanto uma vitória da Celeste Olímpica paga 4,50.
Outras seleções
A Copa América sempre apresenta surpresas, portanto, seria injusto não citar também a Colômbia. Além de sediar o torneio, a equipe teve uma participação muito boa na edição do ano passado, quando foi eliminada sem levar um único gol. Do meio para trás, os colombianos parecem bem servidos com Davinson Sánchez, Yerry Mina e Wilmar Barrios. A grande incógnita serão os jogadores ofensivos, visto que é difícil prever em que condições físicas James Rodríguez e Falcao García estarão no meio do ano.
De qualquer forma, é importante ressaltar que, antes da Copa América, teremos em março as duas primeiras rodadas das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. E, como dito por Paulo Vinicius Coelho em seu blog no UOL, em fevereiro Tite deve convocar os jogadores para esses dois jogos. Só então será possível dizer com maior segurança como o Brasil e as demais nove seleções do continente se apresentarão para a competição que será realizada entre 12 de junho e 12 de julho.
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