A pandemia do novo coronavírus tem causado uma série de mudanças no mundo inteiro. Todas as partes da economia foram afetadas e não poderia ser diferente com o mundo esportivo. Mas o que podemos esperar dos esportes pós-quarentena?
Em alguns pontos do mundo, assim como no Brasil, as atividades esportivas foram retomadas, mas com mudanças significativas. Na Europa, a Liga dos Campeões foi alterada para poder ser finalizada ainda em 2020.
Mas existe um plano consistente para o futuro dos esportes pós-quarentena? Nós conversamos com os especialistas do escritório de advocacia Maria Pessoa para poder tentar chegar à resposta dessa questão. Veja a seguir mais informações!
Quais são os riscos dos esportes pós-quarentena?
O primeiro ponto para entender o que veremos no futuro dos esportes está em compreender como a pandemia do novo coronavírus afeta esse mundo em si. Afinal, de que maneira a Covid-19 é um empecilho esportivo?
O grande ponto sobre essa questão é a contaminação pelo vírus. Como já foi amplamente divulgado na mídia, o novo coronavírus é um vírus que se destaca por ser facilmente transmitido entre as pessoas.
Um dos maiores fatores de transmissão do vírus é o fato de que há, pelo menos, uma diferença de dois dias entre a pessoa poder infectar outros e apresentar sintomas. Ou seja: muita gente acaba transmitindo o vírus para outros sem nem sequer saber que está doente.
Por isso, o contato físico entre as pessoas é altamente desencorajado como forma de reduzir o nível de infecção da nova doença. Isso faz com que muitas atividades, inclusive o futebol, sofram com restrições.
Nos esportes, existem alguns pontos importantes a serem considerados. São basicamente três os públicos que podem se infectar nessas atividades:
- os atletas;
- o público;
- os profissionais ligados ao esporte (jornalistas, árbitros, etc.).
Além disso, existem diferentes momentos na realização de uma partida esportiva, seja de qual modalidade for. Todos esses momentos podem gerar riscos de contaminação. São eles:
- treinamento dos atletas;
- manutenção dos estádios e ginásios;
- locomoção dos atletas para os locais de jogo;
- retorno dos atletas e profissionais para casa.
Todos esses momentos podem gerar contaminações, uma vez que incluem pessoas interagindo entre si. Por isso, é necessário pensar em modelos para que o esporte não seja um vetor de contaminação para as pessoas envolvidas.
Quais as soluções encontradas no momento?
Por enquanto, cada esporte, organização e país pensou em medidas diferentes para deter a contaminação pelo novo coronavírus em seus eventos esportivos. Algumas foram melhor sucedidas, outras não tiveram resultados tão bons assim.
Dentre os cases de sucesso, podemos citar a NBA. A liga americana de basquete organizou algo chamado de “A Bolha”, que consiste em manter os atletas isolados nos resorts da Disney em Orlando, na Flórida, para realizar as partidas do restante da temporada.
Um modelo semelhante foi criado pelos times de futebol da UEFA para a realização dos jogos finais da Liga dos Campeões. Todos os times participantes se mudaram para Lisboa, em Portugal, para se hospedarem e isolarem enquanto os jogos durarem.
O ponto positivo dessas ações é que elas, de fato, estão funcionando para limitar o contágio entre os atletas e profissionais. Até o fechamento desta pauta, não havia notícia de contaminação nem na NBA e nem entre os atletas que disputaram a Liga dos Campeões.
No entanto, o ponto negativo dessas medidas é que elas não são viáveis no longo prazo. Não dá para pressupor que os atletas poderão ser isolados de tudo por uma temporada inteira. Todas as ligas que testaram esse modelo o fizeram por curto período de tempo (foram pouco mais de 7 jogos da Liga dos Campeões e apenas o fim da temporada da NBA mais os playoffs).
Quais são as soluções de longo prazo?
Até o momento, ainda não existem soluções de longo prazo para os esportes pós-pandemia. O Campeonato Brasileiro de Futebol, por exemplo, tem registrado um resultado muito ruim na sua contenção da pandemia. Em apenas 4 dias, o campeonato já registrou 40 jogadores com o vírus. Isso acontece, em partes, porque o torneio é de longa duração (ele irá até o Carnaval de 2021!).
Por causa disso, não há como isolar propriamente os atletas durante todo esse tempo, sem contato com a família ou amigos.
Sendo assim, as soluções de longo prazo para o esporte pós-pandemia incluem as mesmas soluções da sociedade: a busca pela vacina. Enquanto ela não sair, os torneio terão os mesmos problemas que a vida em sociedade.
Por isso, é bom se acostumar a assistir jogos de futebol pela TV e a ficar em casa sem poder ver outros eventos esportivos (inclusive as Olimpíadas). Afinal, não será permitido a presença de torcedores em estádios ou ginásios enquanto a pandemia não for controlada e uma vacina estar disponível.
E aí, o que você achou do conteúdo? O que você espera dos esportes pós-quarentena? Comente abaixo!