Um tópico bastante interessante tratado em cursos de linguagem diz respeito às diversas teorias da comunicação – uma sucessão de estudos que surgiram ao longo do tempo a respeito da comunicação social, abrangendo sociologia, psicologia e filosofia (dependendo da área estudada e do tipo de abordagem).
O objetivo das teorias é estudar o desenvolvimento e a aplicação da comunicação social de forma ampla, contemplando seus aspectos econômicos, sociais, tecnológicos e políticos.
O marco do surgimento desses estudos foi quando as políticas totalitárias europeias começaram a usar a Comunicação em Massa. Veja a seguir quais são as teorias.
As teorias da comunicação
Teoria Hipodérmica
Considerava que as pessoas fossem idênticas e presumia que a informação chegasse a todos da mesma forma. Simplista, não considerava os aspectos individualizados de quem recebia a informação, como a sua capacidade de escolher o que queria absorver.
A partir de então, se percebeu que deveria haver um processo de seleção das informações, bem como a divulgação valorizando o conteúdo, pois só dessa forma se conseguiria causar efeito no receptor.
Modelo de Lasswell
Criado pelo cientista político Harold Lasswell, este modelo foi baseado na teoria hipodérmica.
A teoria apontava as falhas da anterior e indicava cinco pontos que considerava cruciais para que a mensagem midiática fosse compreendida corretamente: “Quem?”; “Diz o quê?”; “Através de que canal?”; “A quem?”; “Com que efeito?”. Respondidas essas perguntas, a mensagem era considerada completa e clara.
Teoria da Persuasão
Essa teoria se baseou em aspectos psicológicos e defendia que o indivíduo não assimilava de imediato a mensagem que a mídia enviava, que isso dependia de vários aspectos individuais.
Diferentemente da hipodérmica, ela não visava dominação ou manipulação, mas sim “persuasão”, pois acreditava que as pessoas se interessavam por informações de seu contexto político e sociocultural.
Teoria Empírica de Campo
Também chamada de Teoria de Efeitos Ilimitados, baseava-se na teoria de persuasão e seus fundamentos eram de aspectos sociológicos.
Defendia que a mídia exercia influência social de forma limitada, assim como a política, igreja, escola etc. Acreditava que antes de ser absorvida, a mídia passava por vários filtros individuais e que esses filtros seriam de caráter sociológico.
Teoria Funcionalista
Logo após a Empírica de Campo, surgiu a teoria funcionalista. Ela estudava o papel que a mídia representava na sociedade e não somente seus efeitos.
As pessoas deixaram de ser analisadas pelo seu comportamento apenas e os estudos passaram a abordar a sua ação social – valores e modelos que eram adquiridos por elas em comunidade.
Teoria Crítica
Essa teoria passou a olhar a mídia como um instrumento de influência social capitalista. Era baseada em teorias marxistas e agia por meio de repetição, fazendo surgir a reprodução técnica da arte como um produto de consumo em massa.
Foi criada na década de 60 e foi dela que surgiu a ideia de que a mídia era veículo para “alienação das massas”.
Teoria Culturológica
Essa teoria defendia que não havia uma padronização cultural produzida pela mídia e sim, uma já existente na sociedade.
Segundo a teoria, essa padronização se formava pelas características humanísticas, nacionais e religiosas e a cultura em massa não seria autônoma, e sim fruto de vários aspectos particulares a cada segmento social.
A teoria culturológica marcou o fim da primeira fase das teorias. A segunda fase inclui teorias mais recentes, que também são questões tratadas em nosso curso linguagem e comunicação.
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Teoria do Agendamento, Gatekeeper e Newsmaking
Teoria do agendamento (agenda setting) – trata da capacidade dos meios de comunicação em enfatizar determinados temas, sugerindo sobre o que será assunto nas conversas das pessoas.
A teoria não defende que seja um método de persuasão, mesmo assim ela tende a pautar a agenda de notícias dos indivíduos, pois defende que quem consome a notícia considera mais importante o que está veiculado.
Gatekeeper – estuda o que leva uma notícia ser ou não divulgada na mídia, como confiabilidade, relevância, influência e contexto político-social etc. Ou seja, ela passa por diversos “gates” até que seja publicada.
Newsmaking – funciona como o gatekeeper, mas de forma mais minuciosa no trabalho que se faz com as informações (seleção, fontes, relevância etc) e em sua transformação em notícia.
É importante salientar que as teorias da comunicação estão sempre em desenvolvimento, uma vez que seus estudos estão atrelados à evolução e ao progresso das tecnologias nos meios de comunicação.
Nesse contexto, a linguagem também se altera ao ser adaptada aos meios que a utilizam. Percebe-se também a importância do discurso, que, segundo o que vimos mais acima, é o elemento que influencia no “pensar” e “sentir” do indivíduo.
Assim como as teorias e as tecnologias, você também deve estar em constante desenvolvimento.
O aprendizado contínuo e a ampliação de sua visão acerca de conhecimentos na sua e em outras áreas só somam em seu currículo. Seja qual for o curso online que você faça, no campo da comunicação ou em outro, você estará se qualificando e aprimorando os saberes, e certamente, trilhando um caminho de sucesso profissional.