Transição para o meio virtual foi a saída encontrada para manter o mercado imobiliário aquecido.
A pandemia do coronavírus obrigou que o mundo todo mudasse sua rotina e seus hábitos. Agora, para impedir a propagação do vírus, as recomendações são que as pessoas fiquem em casa, evitem lugares públicos, usem máscaras para sair na rua, higienizem as compras e lavem as mãos com frequência, utilizando, também, o álcool em gel.
Em relação ao trabalho, também foram necessárias mudanças. Uma parcela da população passou a trabalhar em casa. Outros negócios foram atingidos, como o mercado imobiliário. Afinal, como continuar com a venda de apartamentos se a recomendação é que as pessoas fiquem em casa?
Foi preciso que as empresas e os negócios do ramo se adaptassem rapidamente para atender uma nova forma de consumo. No caso do mercado imobiliário, isso significou maior descomplicação e diminuição da burocracia, com o atendimento passando a ser feito on-line.
Negociação on-line
Uma das mudanças mais perceptíveis é que a negociação envolvendo o imóvel passou a ser feita on-line. Hoje, várias imobiliárias criaram ou adaptaram suas plataformas virtuais para atender o público da forma mais ágil e simples possível.
Com o cadastramento feito no site da imobiliária, é possível que o potencial comprador conheça o imóvel que deseja adquirir pelo seu computador. Por meio de uma apresentação via videochamada, o corretor pode apresentar cada um dos ambientes da casa, tirando eventuais dúvidas do cliente.
Além disso, o cadastro do site permite que a pessoa tenha acesso a informações do local, como tamanho, quantidade de cômodos e preço. A imobiliária também pode disponibilizar fotos e vídeos do imóvel, oferecendo uma espécie de tour virtual, na hora que for mais conveniente para o cliente.
A parte burocrática também pode ser resolvida pelo computador. A negociação digital permite o acerto da compra no meio virtual, incluindo a assinatura do próprio contrato pela internet. A celebração do documento é feita junto à instituição financeira, em caso de financiamento, e após tudo acordado, o registro é enviado virtualmente.
Estratégias utilizadas
As imobiliárias precisaram adotar algumas medidas para manter o mercado aquecido e não deixar o número de vendas cair. Entre elas, houve empresas que adotaram um desconto digital, reduzindo o valor de alguns imóveis em até 10% para efetivar a compra.
Outra maneira de garantir a confiança do comprador e incentivar a venda é a recompra garantida. Essa possibilidade permite que a imobiliária recompre a unidade adquirida pelo cliente se ele enfrentar algum imprevisto financeiro até o fim de 2020. Dessa forma, ele recebe de volta o valor integral de todas as parcelas pagas até essa decisão.
A diminuição dos valores da parcela de pagamentos também foi outra solução encontrada pelas imobiliárias. Com parcelas mais brandas, há menos risco de inadimplência por parte dos moradores, que podem se organizar mais tranquilamente durante este período e não ter a renda mensal comprometida.
Tendência para o futuro
A mudança para o meio eletrônico pode ter sido fruto de uma situação inesperada, mas essa nova rotina tem tudo para se tornar padrão nos próximos anos. O registro de imóvel eletrônico é um mecanismo seguro, que não oferece riscos nem para o cliente, nem para a imobiliária.
Além da comodidade de, por exemplo, permitir que o comprador conheça o imóvel sem ter que se deslocar até ele, a venda feita digitalmente reduz custos para os dois lados. Não é mais necessário imprimir papéis, a quantidade de viagens — e o gasto associados a elas — é reduzida, e o processo, como um todo, fica mais ágil, otimizando o tempo.