Um dos mercados afetados pelo coronavírus é o de apostas. Com a paralisação de competições esportivas no mundo todo, a prática tem perdido força. Um dos locais mais afetados, dado o histórico em realizar apostas esportivas, é o Reino Unido. Casas como a British Horse Racing, tradicional casa de aposta de cavalos, cancelou suas atividades até o fim de abril.
Com isso, espaços como a William Hill e GVC, proprietária das cadeias de apostas de rua do Reino Unido Ladbrokes e Coral, perderam seu maior gerador de dinheiro do ano, o Grand National, que acontece todo mês de abril, em Liverpool.
Embora em declínio a longo prazo, ao perder espaços para apostas esportivas mais acessíveis, como futebol, tênis e basquete, as corridas de cavalos ainda representam grande parte do mercado de apostas do Reino Unido. Números mostram a prática rendeu pouco mais de 14 milhões de libras no ano passado, segundo dados da Comissão de Jogos de Azar. Isso significa quase R$ 60 milhões.
Além das corridas de cavalo, os agentes de apostas sofreram outro golpe duro nos últimos dias, quando a UEFA a Euro 2020 por um ano, cancelando outra fonte de receita valiosa. As Olimpíadas de Tóquio, que só foram adiadas por três vezes na história, todas eles motivadas por guerras, também foi adiada para 2021. Na América do Sul, a Copa América também ficou para o ano que vem.
Com tudo isso paralisado, os apostadores só conseguem manter alguma rotina de apostas se arriscaram um jogo na liga de futebol da Bielorrússia, um duelo emocionante entre equipes do rugby australiano de clubes ou uma competição de tênis de mesa.
Nos Estados Unidos, outro mercado conhecido pelas apostas esportivos, a empresa William Hill alertou que é provável que os rendimentos em 2020 seja US$ 100 milhões de dólares menor do que o esperado. Se a proibição dos esportes perdurar até setembro, quando começa a NFL, o campeonato de futebol americano, o prejuízo pode ser ainda maior.
por Ana Carolina Camargo