Além da experiência vivida na casa mais vigiada do país, um dos grandes atrativos do Big Brother Brasil 2024 é o prêmio em dinheiro destinado ao vencedor que, nesta edição, pode chegar a R$ 3 milhões. Com estreia marcada para o dia 8 de janeiro, o programa terá duração de três meses e não é cedo para começar a pensar no que fazer com a bolada milionária.
Montar uma carteira de investimentos variada e adequada à própria realidade é um dos primeiros passos para garantir proteção do patrimônio e ganhos atrativos a longo prazo. A recomendação geral é da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que também pode ser pensada para o ganhador do BBB.
As estratégias de composição dessa carteira podem incluir uma reserva de emergência, aplicações em renda fixa, como títulos públicos e privados e fundos de renda, e aportes em renda variável, como ações e fundos multimercado. Para decidir onde alocar os recursos, é importante verificar a situação do patrimônio, quitar dívidas, organizar contas e fluxos financeiros, fazer um planejamento e identificar o próprio perfil de investidor.
Ganhador pode ter vida ‘encantada’ se souber aplicar o dinheiro
Em vídeo publicado no Instagram da TV Globo, o apresentador do BBB, Tadeu Schmidt, mostrou as inspirações da equipe do reality para a decoração da residência dos brothers. Contos de fadas e fábulas infantis serão os temas dos cômodos da casa e cada parte do recinto vai contar com elementos que remetem ao motivo.
Em analogia à temática da edição, o mundo pode ser encantado também do lado de fora para o vencedor do programa. Segundo portais especializados, com o valor de R$ 3 milhões, o sortudo da vez passa a ser considerado um investidor qualificado, ou seja, aquele que tem mais de R$ 1 milhão para investir. Isso quer dizer que é possível ter acesso a produtos financeiros com retornos acima da média e exclusivos.
As opções de destino para o dinheiro são inúmeras, indo desde adquirir bens materiais, como carros de última geração e casas luxuosas, até o investimento em empreendimentos sólidos para fazer o valor render ou a criação de um negócio próprio. Além disso, há a possibilidade de destinar parte do valor às causas sociais, realizar sonhos ou fortalecer o patrimônio familiar a partir de estratégias de planejamento financeiro.
A versatilidade na alocação de recursos milionários oferece a oportunidade de atender a diferentes metas e valores, o que dá ao indivíduo a flexibilidade de moldar seu destino financeiro conforme aspirações e valores pessoais. Esse leque reforça a importância de levar o perfil financeiro e os objetivos individuais em consideração ao escolher como usar um montante significativo de dinheiro.
A Anbima recomenda procurar quais são os produtos financeiros mais adequados ao perfil e aos interesses do investidor para quem tem o interesse de aplicar. Os principais perfis incluem o conservador, que é avesso ao risco e opta por ativos mais estáveis, como títulos de renda fixa; o moderado, que busca a melhor relação entre risco e retorno e, para isso, combina uma maior parcela de ativos de baixo risco com uma parte menor de ativos arrojados; e arrojado, que tem o maior apetite para o risco e procura ganhos acima da média.
Equilíbrio entre renda fixa e variável maximiza retornos a longo prazo
Independentemente do perfil do futuro ganhador do BBB 2024, é importante perceber a carteira de investimentos como uma estratégia a longo prazo. Assim, os R$ 3 milhões devem ser alocados em diferentes ativos, vencimentos, indicadores e rentabilidades. Leques mais tradicionais, por exemplo, dispõem de opções como Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), aplicações em renda fixa que oferecem retornos estáveis e isentos de imposto de renda.
Esse tipo de investimento tem a rentabilidade conhecida desde o momento da aplicação. Trata-se de uma opção mais previsível, com risco e volatilidade inferiores aos da renda variável, de modo geral. Além disso, vale destacar que, conforme especialistas, a renda fixa é considerada a camada mais conservadora do portfólio e é uma parte necessária da carteira para proteger o patrimônio, mesmo que o investidor tenha o perfil arrojado.
Quando a Taxa Selic está em alta, a renda fixa passa a ser ainda mais importante e atrativa, já que os juros representam maior rentabilidade para investimentos indexados à Selic e ao CDI.
No contexto dos investimentos, é impossível aumentar o potencial de ganhos equilibrando a carteira com uma porcentagem aplicada em renda variável. Ela abrange os investimentos com maior volatilidade do mercado e o que muda conforme cada perfil de investidor é a proporção aplicada nessa modalidade, que será maior para os arrojados e menor para os conservadores.
Ações negociadas na bolsa de valores são exemplos para compor um portfólio diversificado com potencial de retornos acima da média. É necessário, contudo, saber lidar com as oscilações contínuas desses produtos, tanto para cima como para baixo, além de aprender a aplicar estratégias para mitigar riscos.
Uma das táticas mais conhecidas é aplicar em ações de empresas já consolidadas no mercado financeiro, que apresentam crescimento contínuo e oferecem a possibilidade de objetivos a longo prazo.
Criptomoedas, fundos multimercado – que alocam uma parcela do capital em renda fixa e outra em renda variável –, fundos de ações, investimento em startups, exchange traded funds (ETFs) e fundos imobiliários são outras opções em renda variável que podem trazer retornos significativos.
A orientação da Bolsa de Valores (B3) é que os investidores distribuam cerca de 70% de seus recursos em renda fixa e 30% em renda variável. A ideia é ter a diversificação como estratégia fundamental para mitigar riscos, equilibrar e potencializar os retornos.
Brasileiro ainda prefere a tradicional poupança
De acordo com a 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, da Anbima, a poupança continua sendo o produto financeiro mais escolhido pelos brasileiros, sendo o preferido de 26% das pessoas entrevistadas. O estudo mostrou, contudo, que há um movimento de diversificação da carteira de investimentos.
Em comparação com 2021, em 2022, mais pessoas disseram aplicar seu dinheiro em tipos diferentes de investimentos, como títulos privados, fundos, previdência privada e moedas digitais. Junto a isso, o percentual da população que não conhece ou investe em nenhuma categoria de aplicação recuou de 66% para 58% nesse mesmo período de comparação.