Um recente levantamento, do Banco Central (BC), revelou uma expressiva expansão do uso do cartão de crédito em 2019. A pesquisa chamada de Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil mostrou que, no fim do ano passado, havia 123 milhões de cartões de crédito e 132 milhões de cartões de débito ativos, representando um aumento de 18% e de 14%, respectivamente, em relação a 2018.
Apesar dos benefícios do cartão de crédito, enquanto aliado da economia nacional e, ainda, como recurso que concede acesso ao que o consumidor precisa, mesmo quando não possui dinheiro na carteira, é fundamental atentar-se às taxas de juros do mesmo, especialmente, quando existe a impossibilidade de pagar a fatura.
Após três meses seguidos de queda, a taxa de juros do cartão de crédito rotativo voltou a subir, conforme estatísticas do BC. No mês de julho, a taxa ficou em 12,5% ante a 12,3% no mês anterior. Vale destacar, no entanto, que ainda assim os juros permanecem menores em relação ao período anterior à pandemia, quando fora registrado em 12,8%.
É preciso lembrar que os juros rotativo do cartão acontecem quando o titular não consegue fazer o pagamento do valor total da fatura até a data do vencimento. Nesse caso, os juros correm por até 30 dias e, após esse período, uma nova forma de pagamento da fatura é oferecida ao cliente, parcelada e com taxas congeladas.
De olho no cheque especial
O cheque especial, que também vinha em queda, manteve-se no patamar de 6,5% ao mês (julho em relação a junho). Nos meses de fevereiro e março, a taxa de juros este em 7,2% e veio caindo até junho quando se estabilizou. É preciso observar essas variáveis, pois tanto o rotativo do cartão de crédito quanto o cheque especial são as opções de crédito mais caras do mercado financeiro.
Há, ainda, um ponto a ser lembrado: a taxa básica de juros, Selic, está em 2% e todas as instituições financeiras estabelecem suas taxas para financiamentos e empréstimos a partir dela. Portanto, durante este período com a Selic mais baixa, a tendência é que os empréstimos e financiamentos fiquem com taxas muito mais atrativas e sirvam como uma solução para quitar dívidas com cartão e cheque especial.
Por Carolina Glogovchan