O investidor individual brasileiro está aumentando sua aposta em fundos de investimentos imobiliários (FII). Em setembro do ano passado, a Bolsa de Valores brasileira (B3) anunciou que mais de um milhão de pessoas físicas já aplicavam em fundos do mercado imobiliário em 2020. As análises do mercado apontam quem é possível que mais de 2 milhões de pessoas passem a ter cotas em FIIs até o final de 2021.
Os dados são animadores para quem deseja aplicar em fundos imobiliários. Esse tipo de investimento tem se destacado nos últimos anos por parecer um caminho equilibrado entre a segurança da renda fixa e a rentabilidade da renda variável, uma vez que fundos contam com administração de gestores profissionais ao mesmo tempo em que dão acesso a projetos de grande porte.
O que são FIIs
FIIs são fundos de investimentos voltados para o mercado imobiliário. Com eles é possível investir em projetos de diferentes tipos no setor e faturar com a valorização dos ativos. A ideia é que, com a reunião dos recursos de uma quantidade de participantes, o gestor do fundo possa viabilizar projetos com potencial de crescimento para que, futuramente, o fruto dessa valorização seja repassado de acordo com a parte de cada investidor.
Na prática, esse tipo de fundo é parecido com um condomínio, onde vários moradores colaboram com o sucesso do projeto sob responsabilidade de uma pessoa capacitada para tomar as decisões em nome do conjunto.
Como os FIIs funcionam
Existe uma diferença fundamental em relação ao mercado de ações: enquanto ao comprar uma ação o investidor torna-se dono de parte de um empreendimento, no caso do FII, quando o investidor compra uma cota de um fundo ele se torna cotista desse fundo, ou seja, passa a ter direitos sobre parte do valor daquele fundo em questão.
O cotista não pode ser tido como proprietário de parte do negócio, mas sim, de uma parte que o dono colocou à disposição no mercado. A vantagem desse tipo de aplicação é que, dentro do sistema de cotas, é possível começar com pouco dinheiro, diversificar investimentos e contar com o direcionamento de um especialista, no caso, o gestor do fundo.
Como investir em FIIs
Para aplicar em fundos imobiliários o interessado precisa ter conta aberta em uma instituição apta a fazer a intermediação entre o fundo e o cliente. A corretora de valores será a responsável por divulgar a oferta e viabilizar a compra das cotas dentro de sua plataforma de investimentos, apresentando o material necessário para o cliente se informar a respeito do fundo, de quem o administra e de seu histórico.
Por ser de renda variável, o processo funciona de maneira parecida com a compra de ativos no mercado de ações, sendo necessário conhecer o código ticker de cada produto financeiro e lançar a ordem de compra no home broker da corretora.
Vale lembrar que os fundos costumam ser divididos entre os de papel e os de tijolo, ou seja, aqueles que se dedicam a títulos com lastro imobiliários e aqueles que se concentram em imóveis físicos.
Orientações para ter resultados
O interessante é o investidor entender o mercado para aplicar seu dinheiro em soluções com potencial de retorno. No caso dos FIIs, especialistas apontam para uma tendência de recuperação econômica no período pós-pandemia.
O investidor que aplicar em mercados como o de shoppings e mesmo em fundos de papel tende a encontrar ofertas melhores neste momento. Consequentemente, o mercado de fundos imobiliários pode representar uma oportunidade de retorno relativamente rápido.
No geral, é importante conhecer os fundos, saber a que eles se dedicam, além de verificar quem são e o que credenciam os gestores. Outro fator importante é conferir o valor de cada fundo e procurar entender se o preço cobrado está de acordo com fatores como seu histórico ao longo do tempo.
Via Rodolfo Milone