Dólar voltou a disparar. Mercado está contra o presidente Lula?

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Segundo o Analista macroeconômico e investidor Vagner Mayer,38 anos, paulista com mais de 40 mil seguidores, afirmou para bancada de analistas no Morning Call do Banco Inter e da Genial no  que o trigger principal do retorno da cotação do câmbio para R$5,40 em muito tem à ver com o fato do novo Governo ainda não ter definido um Ministro da Fazenda, para tocar os projetos que já tramitam neste período de transição parlamentar.

O fato de Lula já ser o presidente já foi precificado pelos mercados,  uma vez que a maioria da bancada congressista após as eleições,  pesa para o centro-direita o que em tese elimina por completo a primeira leitura de um viés 100% de esquerda, que era a leitura antecipada dos mercados.

Mesmo assim, o fato de termos já de inicio uma solicitação de uma emenda orçamentária , a PEC da transição, assustou os mercados uma vez que as dívidas feitas no Governo Bolsonaro, para combater a Covid-19, ainda se quer chegaram.

As dividas foram roladas até a curva de 2027 portanto, gerar mais um déficit orçamentário traz pânico aos investidores estrangeiros que estão posicionados em praticamente 65% do nosso mercado de capitais.

Esses dólares alocados aqui,  foram retirados de forma ampliada nos últimos dias após falas do presidente eleito, ao citar uma preocupação maior em tirar a população da extrema pobreza à qualquer custo, sem qualquer cuidado com as contas públicas, propondo modelo de financiamento monetário, via de regra impressão da moeda.

Todos nós queremos que a pobreza seja reduzida e que as pessoas voltem a ter dias de maior prosperidade no entanto, virar as costas para a economia que sustenta a máquina pública é uma estratégia de absurdo risco, uma vez que nossos vizinhos latidos em sua grande maioria, adotaram estratégias semelhantes e o que se vê é um aumento alavancado da pobreza, inflação e descontrole total da divida/PIB.

O mercado financeiro precifica futuro e exatamente para isso temos as curvas que trazem a leitura, a questão agora é o novo governo dar alguns passos para trás, rever a forma de política monetária e fiscal à ser adotada, para que os investidores estrangeiros permaneçam acreditando no país e sigam financiando nossa economia.

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