Ainda que a maior parte da população não tenha sentido uma melhora significativa na economia do dia a dia, os índices têm se mostrado positivos para as grandes instituições e organizações.
No entanto, com a queda dos juros, cada vez mais pessoas têm a possibilidade de fazer financiamentos e realizar o sonho da casa própria. Com o crédito mais acessível, os consumidores – e as construtoras – podem voltar a buscar novas possibilidades de imóveis.
Seja através do leilão de imóveis ou por meio de um financiamento ou consórcio, a queda da taxa SELIC amplia as possibilidades para que os brasileiros voltem a fazer planos em médio e longo prazo.
Juros e o mercado imobiliário
O mercado imobiliário é o que está mais suscetível às taxas de juros mais baixas. Quando os juros ficam baixos, como acontece desde o início deste semestre, é fácil notar o aquecimento desse setor.
Atualmente, com o grande número de ofertas, o consumidor também passa a ter um poder maior de negociar. Nos casos em que ainda não é possível negociar preços menores, construtoras aceitam outras condições mais facilitadas, como o parcelamento da entrada ou a entrega do imóvel com o piso desejado, por exemplo.
A resposta dos bancos para a queda das taxas de juros, no entanto, não começou positiva. Havia o temor no mercado de que isso pudesse comprometer o lucro das instituições financeiras, que ano após ano vêm batendo recordes de arrecadação.
Por isso, alguns especialistas do mercado acreditam que esse foi o piso para a SELIC, que deverá voltar a crescer, fechando o ano acima dos 6%.
Momento favorável
Mesmo que os juros voltem a subir, até o início de 2020 a expectativa é de que o mercado imobiliário continue sendo privilegiado.
Segundo dados do Sindicato do Mercado Imobiliário (Secovi-SP), entre setembro de 2018 e setembro de 2019, foram vendidos cerca de 40 mil imóveis na cidade de São Paulo. Esse número é 40% maior em relação ao mesmo período de 2017 a 2018.
Os imóveis mais buscados são os apartamentos com dois dormitórios, indicando que o mercado tem ficado aquecido principalmente por famílias que buscam a casa própria.
Esse aquecimento no mercado imobiliário também é importante para o mercado de trabalho formal. De acordo com o Caged, que faz o registro das vagas formais, dos 760 mil postos de trabalho com carteira assinada abertos neste ano, 116 mil foram na construção civil.
Por Alice Bachiega