Investir em RDC pode combinar a segurança da renda fixa com uma boa rentabilidade; saiba mais sobre esse tipo de ativo.
Entre os investimentos de renda fixa, o RDC é uma ótima alternativa para aqueles que querem combinar uma rentabilidade atrativa à segurança. Com um RDC, é possível investir em cooperativas, fazendo com que esses negócios consigam prosseguir com suas atividades.
O que é RDC?
RDC é a sigla para Recibo de Depósito Cooperativo. Com esse modelo de aplicação, o investidor empresta seu capital para cooperativas, empresas comunitárias de pequeno porte, para que elas deem prosseguimento às suas operações.
Esse tipo de investimento é considerado como um ativo de renda fixa, uma vez que possui uma rentabilidade estipulada na hora de investir, garantindo mais proteção e previsibilidade na hora de alocar capital.
A rentabilidade da RDC pode ocorrer de forma prefixada ou pós-fixada. Para a rentabilidade prefixada, o investidor sabe quanto ganhará no momento de resgatar o seu valor (por exemplo: 7% ao ano).
Na modalidade pós-fixada, é escolhido um benchmark (um índice de referência) + uma rentabilidade acima do mesmo. Por exemplo: IPCA + 3%, CDI + 4%, etc. De forma geral, o benchmark selecionado é o CDI.
Sendo assim, o RDC funciona de forma muito similar a um CDB (crédito de depósito bancário). A diferença é que, no primeiro caso, o investidor empresta seu valor para uma cooperativa; no segundo, empresta seu dinheiro para uma instituição financeira.
Dessa forma, o RDC pode ser uma boa alternativa de investimento mais conservadora, excelente para proteção de capital e segurança.
Como investir em RDC?
Para investir em RDC, existe uma limitação: é preciso que o investidor faça parte de uma cooperativa financeira.
Uma cooperativa financeira consiste em um grupo de pessoas com um objetivo em comum, como pessoas de uma mesma classe profissional, por exemplo.
Na cooperativa, as decisões são tomadas de forma coletiva através de votações. Além disso, a cooperativa não visa o lucro, com todo o rendimento sendo dividido entre os membros da cooperativa. Assim, ao entrar em uma cooperativa, o investidor tem acesso a esse tipo de ativo.
Quais são as desvantagens do investimento em RDC?
A primeira desvantagem de investir em RDC é o fato de que esse investimento é classificado como renda fixa, possuindo menor rentabilidade do que ativos de renda variável, como ações, fundos imobiliários e outros.
No entanto, esse ativo pode representar uma diversificação de carteira e funcionar como forma de proteção de capital.
Outra desvantagem é no quesito tributação: sobre o RDC, incide a tributação do imposto de renda. Ele pode variar de 22,5% (em até 180 dias) até 15% (mais de 720 dias).
Ou seja: quanto mais tempo o investidor permanecer com o capital alocado na RDC, menos tributação incide sobre o patrimônio.
Quais são as vantagens do investimento em RDC?
O RDC é um tipo de ativo de renda fixa, possuindo uma rentabilidade certa, tanto para os ativos prefixados quanto para os ativos pós-fixados. Dessa forma, ele não sofre volatilidade e entrega o resultado esperado depois do período combinado.
O RDC costuma ter maior rentabilidade quando comparado a outros ativos de renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto, sendo um ativo que combina rentabilidade e segurança.
Outro benefício é o fato do RDC possuir a garantia do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito, o FGCoop. O valor garantido vai até R$ 250 mil por CPF.
Isso significa que, caso a cooperativa venha a falir, o investidor pode ter o ressarcimento de até R$250 mil do valor investido. Para garantir que todo seu capital seja recuperado, alguns investidores preferem alocar uma quantidade inferior a esse valor nos RDCs.
Além disso, é possível resgatar o investimento a qualquer momento, pois o RDC possui liquidez diária. No entanto, é preciso estar atento para a tabela de imposto de renda.
Por fim, o investidor que aplica seu capital em RDC está financiando a atividade de cooperativas, auxiliando profissionais e empresas a manterem suas atividades.