Atualmente, não se fala em outra coisa, seja na internet, na rádio, na tv ou até dentro das rodas de conversa familiar: o coronavírus têm sido assunto mundial em todos os locais possíveis. E isso é totalmente importante e necessário, viu?
A pandemia é real e já tem atingido em grande escala o mundo todo. Para você ter uma ideia, já são mais de 487 mil casos confirmados e 22 mil mortes. No território nacional, por exemplo, o número não para de crescer: já atingiu mais de 2,5 mil habitantes, levando à morte 60 brasileiros.
Todo esse caos atingiu, de forma direta, as bolsas de valores de todos os países. Talvez a relação entre a pandemia e a economia dos países não fique tão clara para você, mas se pararmos para analisar com calma, conseguirá enxergar uma explicação para o que está acontecendo no planeta e as consequências econômicas que teremos pós-pandemia.
Você já deve ter ouvido falar, pelo menos uma vez, que o mercado tem o costume de antecipar o futuro, não é mesmo? Essa frase é muito utilizada entre economistas e, de fato, eles têm razão. Mas porque? Simples: o mercado não esperar as coisas acontecerem para reagir a elas, ele sempre se antecipa de alguma forma.
Saiba mais sobre a relação entre a economia e o
coronavírus
Como dito acima, o mercado está sempre a frente dos acontecimentos. Dito isso, é importante ressaltar que existem diversas teses que analisam a relação dos preços dos ativos com sua superavaliação. Então, é muito comum que, ao primeiro sinal de crise ou risco iminente à economia de um país, haja um reflexo imediato do mercado.
E vamos ser sinceros: sabemos muito bem que o mercado é volátil e qualquer ação que ele sofre pode mudar drasticamente seu rumo. Outro ditado bastante utilizado neste segmento e que faz todo o sentido é que o mercado sobre de escada e desce de elevador.
Mas o que isso significa exatamente? Simples: dentro do cenário econômico, é muito mais rápido a queda do que sua ascensão. Quando há uma queda acentuada, isso gera muito mais notícia do que uma aumento de ativo.
Vamos dar um exemplo bem simples aqui: quando os investidores compram ações de uma empresa de pigmentos para plásticos, por exemplo, eles ficam na expectativa de que elas valorizem para que assim tenham maior poder de fluxo em um futuro próximo. E ter um caixa dentro do mercado financeiro é fundamental.
É fato! Uma empresa de tela de proteção, por exemplo, que não produz fluxo de caixa futuro, ou seja, rendimentos em um determinado tempo, será precificado pelo mercado sempre tendendo a zero. E, dentro desse cenário, é muito fácil afirmar que o acionista que busca valor nos ativos e um empreendimento que não gera fluxo de caixa não será valorizado no mercado e perderá capitais importantes.
Como tudo isso tem relação com o coronavírus
Você deve estar se perguntando: tudo bem, mas o que isso tem a ver com o coronavírus? A resposta é: tem tudo a ver!
Faça esse texto comigo: pense em produtos diversos como celulares, carros, eletrodomésticos e eletrônicos etc. Agora me diga, o que vem diretamente na sua cabeça? Aqueles que disseram China, acertaram em cheio.
Foi nesse país onde a pandemia iniciou e lá já foram mais de 81 mil casos confirmados e 3 mil mortos. Agora, a relação começou a fazer sentido na sua cabeça, não é mesmo?
Agora vamos raciocinar aqui: se o país que possui o segundo maior PIB do mundo e concentra a produção mundial de itens para diversas marcas em todo mundo é diretamente prejudicado por uma epidemia, é claro que a mão de obra dentro daquele cenário será diretamente afetada. A pergunta que fica é: quais os impactos que isso causa do fluxo das empresas que dependem desse trabalho?
A realidade é que muitos países, como a Coreia do Sul, deixaram de receber as mercadorias produzidas na China, e isso tem paralisado diretamente as vendas em todo o mundo. É difícil encontrar um país que não tenha acordo comercial com o território chinês, não é mesmo?
Agora, com o Brasil sofrendo com o pico da doença, também começa a sentir os impactos na economia. Logo no início, quando a doença começou a se manifestar, a Bovespa registrou uma queda significativa de -7,5%. Antes disso, o mercado brasileiro parecia estar se recuperando, depois de anos e mais anos de quedas e crises enfrentadas.
Agora, com a saúde em crise e o coronavírus instalado no país, a economia sofrerá um grande impacto. Porém, é importante ressaltar que o mercado já passou por isso em outras duas oportunidades: na época da gripe suína, em 2009, e com a ebola, em 2018. Em ambos dos casos, as bolsas e a economia voltaram ao patamar de normalidade.
Nesse momento, mais do que nunca, é fundamental prezar pela saúde da população e seguir todas as recomendações dadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), assim como profissionais da área da saúde. Então, fique atento e siga as dicas a seguir:
- Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel;
- Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
- Evite aglomerações se estiver doente;
- Mantenha os ambientes bem ventilados;
- Não compartilhe objetos pessoais;
- Se for dono de uma empresa de manutenção de aquecedor a gás ou de qualquer outro segmento que não é essencial a vida humana, dispense seus trabalhadores. Opte pelo home office, caso a função possa ser feita de casa;
- E, respeite a quarentena: não saia de casa.