Depois de um faturamento de R$ 20,7 bilhões em 2019, o e-commerce paulista registrou alta de 10% frente ao ano de 2018 e deve crescer 12% em 2020, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Caso a previsão se concretize, o setor terá uma arrecadação de R$ 23,1 bilhões.
Esse desempenho esperado já inclui o aumento de crédito que está disponível no mercado e a queda de preços sobre os bens duráveis, para possibilitar os consumidores a comprar celular, fogão, geladeira e guarda-roupa, por exemplo. Deste modo, a entidade afirma que os comércios devem priorizar a eficiência logística, para que a entrega seja feita de forma rápida.
A análise também foi realizada por regiões e indica que algumas cidades do estado paulista tiveram mais destaques no faturamento de 2019 do que outras, como é o caso de Araçatuba (R$ 333,2 milhões), Campinas (R$ 1,8 bilhão) e a cidade de São Paulo (R$ 7,9 bilhões). Elas devem ter 31%, 17% e 14% de crescimento, respectivamente. O ticket médio real foi de R$ 356,08 no segundo trimestre do ano.
Em janeiro, as vendas tiveram alta de 1,87% em relação a dezembro de 2019, segundo o índice MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) em parceria com o Movimento Compre & Confie.
“As promoções de saldão de janeiro para categorias de produtos de maior valor agregado certamente ajudaram no crescimento das vendas no mês. O consumidor aproveitou para economizar com as ofertas dos varejistas online, comprando produtos com desconto. Além disso, a migração das compras para o canal digital de categorias relacionadas com volta às aulas também colaborou com o resultado positivo”, afirma André Dias, coordenador do Comitê de Métricas da camara-e.net e diretor executivo do Compre & Confie.
Vendas durante a quarentena
Enquanto isso, a expectativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) para o comércio eletrônico nacional era de um faturamento de R$ 106 bilhões para o setor, mas deve apresentar um novo número em breve, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Para o presidente da ABComm, Maurício Salvador, o setor de e-commerce também sofrerá com as medidas de distanciamento social.
Por enquanto, mesmo com a disseminação da doença em território brasileiro, as vendas online seguem crescendo nos setores de alimentação e saúde, que tiveram uma alta de 180% no último mês. Os demais segmentos também operam com alta de 30%.
Por Alice Bachiega