O anúncio oficial, feito ontem, pela Secretaria de Comunicação de Vilhena, sobre a 10ª morte provocada pela Covid-19 na cidade expôs um problema que já vinha sendo denunciado havia algum tempo: a demora na chegada dos resultados dos testes e exames de pacientes com suspeita da doença.
No sábado, 04, o Folha do Sul havia noticiado como “suspeita” a morte da mulher de 89 anos, agora confirmada como infectada pelo Coronavírus. No mesmo dia, um homem de 59 anos também foi sepultado com indícios de Covid-19. Quatro dias depois, o resultado dos exames da idosa, confirmando a contaminação pelo Coronavírus, foram divulgados oficialmente. O homem continua como “suspeito”.
No caso da anciã, a lentidão para que se confirme o diagnóstico é ainda mais evidente: o site também noticiou o falecimento do marido dela. O homem de 94 anos morreu em Cacoal e o material dele foi coletado para análises, já que o ancião apresentava sintomas da doença agora confirmada na esposa. Morto antes da companheira, o paciente também continuará como caso suspeito até que chegue o resultado de seu exame laboratorial. Se chegar.
A reportagem apurou que a situação vem se agravando: na semana passada, havia 425 pessoas aguardando resultados em Rondônia. Agora são 1.601. Deste total da pacientes aflitos, 246 são de Vilhena.
Uma paciente que chegou a ficar internada na “Ala da Covid”, em Vilhena, na semana passada, ilustra o tamanho do drama: a mulher de 48 foi tratada com sintomas, colheu material e já recebeu alta. Uma semana depois, está em casa, aguardando o resultado para saber se foi mesmo infectada.
Fonte: Folha do Sul
