Qual a diferença entre café gourmet, especial e tradicional?

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Saiba as principais características que diferenciam os três tipos de uma das bebidas mais populares entre os brasileiros

Nos últimos tempos, as expressões “café gourmet” e “café especial” se tornaram muito populares entre os amantes da bebida, o que fez com que essa seção do mercado e das lojas se tornassem as favoritas desses consumidores. Porém, mesmo com essa popularização, é comum que poucas pessoas saibam qual a real diferença entre as categorias de café além da diferença de preço entre eles.

Felizmente, é algo fácil de se compreender: tanto o café gourmet e o café especial quanto o superior e o tradicional são categorias de avaliação estabelecidas de duas maneiras: pelo Programa de Qualidade do Café da ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café) e pela Metodologia de Avaliação Sensorial da SCA (Specialty Coffee Association).

As classificações são estabelecidas segundo critérios de qualidade dos grãos e da torra dessas associações. Saiba agora quais características são levadas em conta para a avaliação de cada uma dessas bebidas e como diferenciá-las.

Café Gourmet

Antes de tudo, é importante notar que existe, sim, uma diferença entre o café gourmet e o café especial. Apesar de serem semelhantes por serem superiores ao café tradicional, o café gourmetse diferencia dos demais por possuir uma nota superior no sistema estabelecido no Programa de Qualidade do Café.

O sistema de notas é bem simples: vai de 0 a 10, no qual cafés com nota entre 4,5 e menor que 6 são considerados tradicionais, enquanto o selo superior engloba bebidas que recebam uma nota entre 6 e 7,2. Já os cafés gourmet são aqueles que possuem nota 7,3 ou superior.

Os conceitos levados em conta pela ABIC para atribuir essas notas são: o tipo; a torração, que vai de muito claro a muito escuro, passando por outras seis categorias de cor entre essas duas; a moagem, o sabor, o corpo, o aroma e a bebida.

Cafés gourmet se encaixam nessa categoria pois contam com aromas e sabores mais suaves devido à seleção de grãos e à torra. Mas é preciso prestar atenção ao rótulo de café gourmet: existem marcas que utilizam o nome apenas na embalagem, sem garantir a qualidade do produto.

Café Especial

Enquanto o café gourmet é definido pelas notas da ABIC, é a SCA que estabelece critérios para categorizar o café especial. O grão de café especial deve atingir 80 pontos na escala de pontuação criada por eles, que tem o máximo de 100 pontos, para ser nomeado como tal.

Para que essa nota seja atribuída, são avaliados conceitos como fragrância, doçura, sabor, acidez, corpo, harmonia, finalização, ausência de defeitos e uniformidade do lote e, finalmente, conceito final, que mostra a impressão geral sobre o café dada pelo avaliador.

Por isso, é comum encontrar cafés especiais que se destacam por seus sabores e aromas diferenciados. Alguns remetem a doces, como caramelo e chocolate, ou possuem sabores frutados e herbais, trazendo mais do que a apreciação da cafeína para quem o consome. Os fatores sensoriais também são admirados se tratando de cafés especiais.

Café tradicional

O café tradicional não é chamado desta maneira apenas por ser mais comum que os outros tipos. O fato é que ele apresenta alta incidência de defeitos, e, em grande maioria, é resultado da mistura de dois tipos de café: o conilon e o arábica.

Suas principais características são a torra muito escura e a moagem fina, que tem como objetivo esconder as imperfeições do grão. Essa mistura de fatores dá resultado a uma bebida amarga, que aumenta a necessidade de acrescentar açúcares e adoçantes ao seu resultado final.

Um fator importante sobre a classificação do café tradicional é que, caso a bebida tenha uma nota abaixo de 4,5 no sistema de classificação da ABIC, seu consumo não é recomendado.

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