A astrologia está cada vez mais presente no dia a dia e esse interesse crescente nos últimos anos não é à toa. Pesquisa feita pela Peoplestroly, em 2018, aponta que quase metade (47%) da Geração Z – ou seja, nascidos depois de 1996 – acredita plenamente nos signos. Portanto, é um assunto que está em alta entre a população mais jovem.
A procura por cursos de astrologia on-line, interpretações de trânsitos astrológicos, além de textos e vídeos da área é considerável. Entretanto, existem alguns pontos sobre os astros – seja curiosidades históricas ou regulamentações da profissão – que podem se perder dentre os diversos conteúdos disponíveis.
Compreender detalhes e assuntos específicos sobre a astrologia pode ser uma forma de aumentar o conhecimento, além de aprender ainda mais sobre o tema.
Astrólogos são catalogados no Ministério do Trabalho
Muitas pessoas acreditam que para ser um astrólogo profissional basta aprender a fazer uma leitura de mapa astral. Porém, existem alguns requisitos que podem ser cobrados na hora do indivíduo começar a atuar na área.
Por exemplo, a profissão de “astrólogo” – também denominada “cosmoanalista” – é catalogada no Ministério do Trabalho como ocupação e é recomendada uma carga horária de 200 a 400 horas de cursos para que o profissional possa exercer a atividade.
Além do órgão governamental, também há a Associação Brasileira de Astrologia, que atua na auto-regulamentação da classe e permite a filiação de astrólogos, tanto para realizarem consultas quanto para ministrarem aulas e cursos.
O ascendente não fica mais forte com o passar do tempo
Há uma crença na astrologia que, a partir de determinada idade, o signo solar perde sua importância, abrindo espaço para uma maior atuação do ascendente. Porém, muitos astrólogos, como Cláudia Lisboa, do site Astrologia Luz e Sombra, afirmam que não é isso que acontece.
“O ascendente não fica mais forte, mas com o passar dos anos, a tendência é que liguemos menos para as noções alheias de certo e errado, acentuando nossas verdadeiras características”, aponta a profissional.
Portanto, a partir do momento que o ascendente é responsável por trazer a singularidade de cada pessoa, como uma espécie de marca registrada, é possível que, com maturidade e maior confiança nas próprias crenças, esses pontos comecem a aparecer com mais frequência. Porém, não há um movimento astrológico que justifique essa mudança.
O ano novo astrológico é em março
Dia primeiro de janeiro é conhecido como o início do ano no calendário cristão, adotado por muitas culturas. É o momento de colocar metas e hábitos em prática, correndo atrás dos objetivos dessa nova fase. Porém, o ano novo astrológico só acontece próximo a 20 de março, quando o Sol entra no signo de Áries.
Essa convenção se deu porque, na região da Mesopotâmia, séculos antes de Cristo, os primeiros astrólogos tinham uma profunda relação com a natureza e ao fim do mês de março, no hemisfério Norte, acontece o Equinócio de Primavera – quando, também, se dá entrada ao novo ciclo de Áries.
Assim como a estação da Primavera significava o início de uma outra fase, com o nascimento de novas levas de colheitas, o signo ficou conhecido como o iniciador e é o que possui a maior tendência à liderança no Zodíaco. Quando o calendário atual foi estipulado, perdeu-se essa conexão, porém, a virada de ano astrológica continua sendo em março.
Astrologia era guia para imperadores e reis
Não há uma data exata para a criação da astrologia, porém, é um conhecimento que circula por diversas culturas há séculos. Existem teorias, por exemplo, que Alexandre, o Grande tenha sido alertado sobre sua derrota na Babilônia por astrólogos em 323 a.C.
Porém, o imperador não foi o único que utilizou a astrologia como guia para seu governo. A cultura grega já trabalhava com noções básicas dos astros e, após o domínio do Império Persa, o estudo se tornou comum entre muitos romanos também. Dessa forma, reis e imperadores buscavam astrólogos para formar estratégias de guerra, além de tentar prever a própria morte.
Libra é o único signo representado por um objeto
É fácil reparar que os signos que formam o Zodíaco são representados por seres vivos – a cabra de Capricórnio, o caranguejo de Câncer, o centauro de Sagitário etc. A única exceção entre os doze é Libra, simbolizado pelo objeto inanimado da balança. E essa escolha não é coincidência.
Os librianos são conhecidos pelo seu senso de justiça e busca por equilíbrio. Além de ambos serem classicamente simbolizados pela da balança, a preferência por um objeto no lugar de um ser vivo é uma forma, também, de evidenciar a necessidade de imparcialidade, valorizada por muitos do signo de Libra, já que a balança não possui sentimentos e instintos para afetá-la.
Por Rodolfo Milone