Em uma manhã de domingo, Maria Aparecida da Silva, uma sitiante de 45 anos que reside no Assentamento Maranatá, na zona rural de Chupinguaia, compartilhou sua história de perdas e resiliência com o FOLHA DO SUL ON LINE.
No ano passado, Maria enfrentou a dolorosa perda de seu filho, Renan Marcos Alves da Silva, de 18 anos. Renan, um jovem vaqueiro, sofreu um acidente fatal quando disparou acidentalmente um tiro de rifle em si mesmo. Ele não sobreviveu para chegar ao Hospital Municipal de Chupinguaia. A tragédia, que ocorreu na região, deixou a comunidade comovida.
Maria revelou que Renan sonhava em ser pai. Infelizmente, ele faleceu sem saber que sua esposa, Gleici Silva, também com 18 anos, estava grávida. “Eles se casaram muito jovens, mas a união deu certo”, disse Maria.
Após a morte de Renan, Gleici descobriu que estava esperando um filho dele. A jovem, que também sonhava em ser mãe, deu à luz esta semana no Hospital Regional de Vilhena.
Na quinta-feira, o pequeno Davi Miguel nasceu prematuramente, antes da 24ª semana de gestação, mas infelizmente viveu por menos de duas horas. Gleici, profundamente abalada com a perda do bebê, continua recebendo apoio psicológico no hospital. O pequeno Davi Miguel foi sepultado em Chupinguaia.
Maria, apesar de enfrentar uma tragédia familiar após a outra, mantém sua fé. “Meu filho e meu neto vão se encontrar no céu. Nada acontece sem a permissão de Deus”, disse ela.
Maria já havia sofrido a perda de outro filho, Jean, que morreu de um infarto fulminante enquanto andava de moto perto do assentamento onde a família ainda reside. Jean tinha 23 anos quando sofreu a parada cardíaca e caiu em um rio.
Apesar das adversidades, Maria oferece palavras de conforto para aqueles que passam por sofrimentos semelhantes aos seus: “A fé em Deus nos ajuda a superar essas tristezas, e é isso que tenho feito”.