Um novo fato reacende o medo estre a população próximas a reserva da Funai no município de Seringueiras, um grupo de índios armados com arcos e flechas reapareceram na zona rural. O caso foi registrado na linha 06, km 20, na manhã desta quarta-feira, 09, o morador do sitio fez alguns vídeos da aparição e postou nas redes sociais.
No vídeo é possível ver alguns homens correndo entre as plantações próximas ao quintal da residência, o morador da zona rural garante que são índios. Não houve confronto entre os supostos índios e humanos na oportunidade.
Está é a segunda vez que índios isolados aparecem no município de Seringueiras, a primeira vez ocorreu na tarde de sexta-feira, 19/06/2020 em uma residência na linha 13, também na zona rural do mesmo município.
Em junho, os índios quando apareceram, uma moradora que estava na residência, quando ouviu as vozes, ao olhar pelas frestas da parede viu outros índios, então a mulher correu e se trancou no banheiro. Os índios deixaram um pedaço de carne, mas levaram um machado e uma galinha pertencente à família da residência.
Assista ao vídeo gravado na manhã desta quarta-feira, 09, em Seringueiras: (matéria continua após o vídeo)
Quem são os índios “Isolados do Cautário”?
Após a primeira aparição dos índios, o colunista Rubens Valente do site UOL, relatou em uma postagem que, desde o ano de 1990 a Funai sabe da existência de tais índios, conhecidos como “Isolados do Cautário”, referência a um rio da região.
A Funai diz que é a primeira em todo este tempo que tais não indígenas e fora dos quadros da Funai confirma a existência dos isolados.
Dastin Nascimento, auxiliar de indigenismo da Funai, diz que, estima que há mais de 400 índios a região, mas que estes são divididos em três grandes famílias, porém não há dados oficiais sobre está estimativa.
A Funai confirma que há monitoramento aos supostos índios isolados, eles dormem em redes e se alimentam da caça e pesca dentro da terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau. Tem o cabelo cortado em forma de cuia.
Não informações, segundo Nascimento, o motivo dos dois contatos que os supostos índios fizeram.
“A preocupação maior é o contato com a sociedade não indígena, ainda mais agora em tempos de covid-19. A nossa intenção foi alertar a população sobre a preocupação de que, por curiosidade, já que a informação estava espalhada, alguém pudesse querer fazer um contato, ou querer ajudar, e de alguma forma estabelecer um diálogo que não pode ocorrer. Isso de forma alguma é saudável para os indígenas. Queremos acalmar os moradores. A orientação é que telefonem para a Funai ou para a Polícia Militar e se afastem”, disse Nascimento.
Os trabalhos da Funai na região têm a participação de Rieli Franciscato, um experiente e conhecido indigenista da Funai, com muitos anos de atuação no tema dos isolados, que deverá fazer uma expedição para tentar monitorar a situação dos isolados.
Da redação – Planeta Folha