Quase um ano após sua morte, a idosa Santana Coelho Viana, que faleceu aos 63 anos, em Porto Velho, lutando contra o câncer, ainda tem seu nome envolvido em polêmicas.
O FOLHA DO SUL ON LINE registrou, na época, todo o drama da mulher, que foi diagnosticada com a doença quando estava morando em Chupinguaia. O site entrevistou a filha de Santana, que precisou ir à justiça para que ela recebesse atendimento médico.
A vida sofrida da idosa começou ainda na infância: ela foi abusada por um amigo da família e acabou expulsa de casa pela própria mãe, que disse que não iria “criar uma filha puta”.
Na manhã desta sexta-feira, 21, o site voltou a entrevistar Fabiana Souza Nunes, a filha de Santana, e ela contou um fato inacreditável: a mãe foi sepultada com seu nome, só descobriu isso após verificar que o número de seu CPF constava como “inválido”. Santana passou a vida inteira sem ter qualquer tipo de documento, e a filha não sabe como seu nome foi parar no papel usado para enterrá-la.
Disposta a lutar para provar que a mãe morreu, mas ela continua viva, Fabiana mantém processo na justiça. Enquanto aguarda o desfecho do caso, ela decidiu procurar os parentes por conta própria, e achou vários deles através do Facebook.
Fabiana diz que fez uma postagem num grupo de pessoas que tentam reencontrar parentes através da rede social. Após uma mulher chama-la no privado, ela descobriu familiares da mãe no Amapá, no Pará e no Maranhão. Uma tia (irmã de Santana) morreu um mês após o enterro dela.
Todos os familiares confirmaram a expulsão de Santana de casa e a vida nômade que ela passou a levar desde então. Ela, inclusive, chegou a dizer às irmãs que mudaria de nome após anunciar que iria trabalhar em um garimpo no Pará. A imagem que ilustra esta reportagem é de Santana já no garimpo de Itaituba (PA).
“Minha mãe disse pra eles que iria mudar o nome para Sandra ou Fernanda, pois não gostava de ser conhecida como um modelo de carro”, disse a filha ao site, revelando ter recebido dos tios várias fotos da mãe ainda jovem.