O plano de valorização dos profissionais da educação em Rondônia para o triênio 2021/2022/2023 apresentado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia – SINTERO, chamou atenção por um tópico, que além de inconstitucional, altera a vida de milhares de jovens estudantes rondonienses.
Nas pautas de ações apresentada no plano está um tópico em que o SINTERO afirma que irá se empenhar para extinguir o projeto estadual de militarização das escolas públicas no estado de Rondônia. A Constituição de 1989 garante a militarização de escolas públicas no país.
Em Rondônia o avanço de escolas militares da rede estadual de ensino é uma realidade, inclusive foi proposta de campanha de vários candidatos eleitos. Um dos estados mais bolsonarista do país, onde escolas militares contam com o amplo apoio da comunidade.
Porém, o sindicato dos trabalhadores em educação parece não se preocupar com os próprios professores, que eram alvo de violência dentro de sala aula e passaram a ter segurança com a militarização. Atualmente 13 escolas militares estão na ativa em Rondônia.
Vale ressaltar que no modelo de escola pública militar, o conteúdo pedagógico continua sendo dos educadores, cabendo aos militares a gestão administrativa e de segurança escolar.
Entre as vozes mais ecoantes contra a proposta do SINTERO em destruir com as escolas militares em Rondônia está a do deputado estadual Jesuíno Boabaid (PSD), autor de 48 indicações de militarização de escolas no Estado e recentemente responsável por uma audiência pública que debateu sobre o tema, o parlamentar afirmou que jamais irá aceitar que qualquer entidade tente destruir um projeto que apenas soma no sistema educacional e beneficia milhares de jovens rondonienses.
“Vou até o fim do mundo contra qualquer tentativa do SINTERO em acabar com as escolas militares em Rondônia, essa pauta é um absurdo, uma entidade que representa os professores se colocar contra a disciplina e segurança dos alunos. Vou defender a militarização das escolas em meu Estado com unhas e dentes para impedir essa aberração proposta pelo sindicato”, afirmou Jesuíno Boabaid.
Para Jesuíno Boabaid, a militarização das escolas públicas melhora a qualidade de vida não apenas dos alunos e profissionais da educação, mas de toda a comunidade ao entorno da escola, contendo a violência e levando princípios morais e de cidadania.
“Diversos estados do nosso país já mostraram que o modelo de gestão militar de escolas públicas é uma medida de sucesso, aumentando o desempenho dos alunos, os qualificando para o futuro, fazendo com que jovens que até então estavam sem perspectivas consigam se encaminhar para um futuro promissor”, afirmou Jesuíno Boabaid.
Ex-diretor de escola militar, o governador Marcos Rocha não deverá dar respaldo a essa pauta do SINTERO, uma vez que também defende a militarização das escolas no Estado, mas, o sindicato conta com um aliado de peso no Governo Federal, a professora rondoniense Fátima Cleide (PT) membro da equipe de transição que irá gerir a educação no país.