Desde o início da pandemia de Covid-19, em meados de março, milhões de brasileiros convivem com o isolamento social como forma principal de proteção contra o vírus. Uma das maiores preocupações é com as pessoas com 60 anos ou mais, que respondem por cerca de 75% dos óbitos pela doença no Estado de São Paulo.
Uma das principais fragilidades dos idosos reside na frequência com que apresentam doenças crônicas como diabetes, asma, hipertensão ou doença cardíaca. Dessa forma, a retomada dos atendimentos eletivos – aqueles que não são considerados emergenciais – é essencial para garantir o correto tratamento dessas comorbidades que podem fragilizar e prejudicar a saúde dos idosos eventualmente infectados pelo novo Coronavírus.
Conforme reforça a Dra. Aline Thomaz, geriatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, o índice de óbitos por Covid-19 tem acompanhado a idade dos pacientes.
“Até 39 anos, a taxa de mortalidade é de 0,2%. Sobe para 0,4% em pessoas acima de 40 anos. Chega a 1,3% na faixa de 50 e 69 anos e avança para 8% dos 70 aos 79 anos. No caso dos infectados com mais de 80 anos, a taxa dá um grande salto, chegando a 14,8%”, destaca.
A médica ressalta que o principal motivo é a capacidade mais lenta e fraca de resposta do sistema imunológico à medida em que a pessoa envelhece e isso prejudica a reação corporal aos patógenos e à infecção viral.
Diante deste cenário, tornou-se essencial repensar o atendimento à população, principalmente a pacientes cardíacos, oncológicos e portadores das mais diversas doenças. Pensando nisso, o Hospital São Camilo fez rigorosas adaptações, com atenção especial à segurança do paciente, para a retomada de exames, consultas e cirurgias eletivas.
As medidas foram tomadas com base em orientações do Ministério da Saúde e validadas pelos setores de SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) e de Qualidade da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, cuja reconhecida busca pela excelência assistencial segue critérios internacionais e já levou a Instituição à conquista de importantes certificações, como as Acreditações Joint Commission, Himss e Qmentum Diamante.
Foram estabelecidos novos fluxos, isolando os espaços de atendimento aos casos suspeitos e confirmados de COVID-19 das demais áreas, desde a entrada até a saída do Hospital.
“Antes de entrar no prédio, todos os pacientes são triados no intuito de identificar sintomas ou histórico suspeito, com direcionamento ao serviço de urgência, quando necessário”, detalha a Dra. Aline.
Além disso, as consultas do Centro Médico são realizadas a cada 30 minutos. Ao entrar no Hospital, os pacientes recebem máscaras descartáveis e são orientados, através de sinalizações, a manter distanciamento social nas áreas de espera e elevadores.
Já para os casos cirúrgicos, a decisão seguirá, em cada caso, de acordo com o alinhamento entre o médico e o paciente, priorizando sua saúde e segurança em todas as etapas do processo”, afirma a especialista.
A entrada de um acompanhante é permitida seguindo alguns critérios para garantir a segurança de todos, conforme abaixo:
- – O acompanhante deve estar sem sintomas de gripe ou febre, passando pela triagem para medição da temperatura e verificação de sintomas;
- – Deverá permanecer com a máscara de proteção recebida ao chegar e seguir as demais medidas de prevenção orientadas pelo Hospital;
- – Não deverá circular pelos corredores do hospital – as refeições serão entregues pelo serviço de nutrição dentro do quarto.
“Todas essas medidas são seguidas rigorosamente para garantir que os pacientes recebam o atendimento que necessitam em segurança”, completa a médica. São realizadas também as boas práticas de higiene orientadas pelo SCIH entre as consultas, em todos os ambientes, objetos e equipamentos do Hospital, e após a saída dos pacientes dos consultórios, leitos e salas cirúrgicas.
Via assessoria