A sede do Corpo de Bombeiros foi inundada pela cheia do rio Madeira nesta terça-feira (22) em Ji-Paraná (RO), região central do estado. O município vive a maior cheia dos últimos 45 anos, segundo a Defesa Civil.
Por causa da inundação do prédio dos bombeiros, as duas linhas 193 (para pedido de emergência) estão fora do ar.
Segundo o tenente Gerenildo Oliveira, o morador que precisar de ajuda dos Bombeiros deve ligar para o telefone 190, da Polícia Militar.
“A PM vai dar suporte repassando os endereços que precisarem de resgate”, disse.
Durante a manhã desta terça-feira, os bombeiros se organizaram e transferiram parte da estrutura de resgate para o Ginásio Gerivaldão.
O quartel dos Bombeiros em Ji-Paraná fica ao lado do rio Machado, que chegou na marca de 11,67 metros na última segunda-feira (21).
Há alguns dias a Defesa Civil de Ji-Paraná vem alertando a população sobre o risco de enchentes dos rios Machado e Urupá. No domingo (20), o órgão chegou a emitir um alerta vermelho por conta do nível dos rios.
Ao menos 50 famílias precisaram deixar as residências e se abrigar em outros locais por conta do nível do Rio Machado.
A água também chegou às lojas da avenida Transcontinental, a via é uma das mais importantes da cidade.
Cheia histórica
O Rio Machado é medido pela ANA, em Ji-Paraná, desde 1977. Até então, a maior marca tinha sido registrada em 2014. Na época, o rio chegou aos 11,66 metros e cerca de 200 famílias foram afetadas.
Já cinco anos depois, em 2019, o nível do rio voltou a subir e chegou aos 11,62 metros. Várias famílias também tiveram que sair de casa na época.
O nível do Rio Machado catalogado nesta segunda sobrepôs os anos de 2019 e 2014 e se tornou a maior desde que o rio começou a ser mensurado, em 45 anos.
Por Rauã Araújo, Rede Amazônica/G1