O pároco afastado, padre Ramiro José Perotto, da igreja de Carlinda (760 km da Capital), prestou depoimento na Delegacia de Alta Floresta (803 km da Cuiabá), onde reconheceu que foi “preconceituoso” com as vítimas de abuso sexual e que “se excedeu”. O padre Ramiro foi ouvido, na última segunda-feira (24).
Conforme apurou o Repórter MT, em depoimento à Polícia Civil o padre disse que diante das discussões na rede social Facebook, ele “acabou perdendo noção dos seus conceitos”. Ele ainda reconheceu que foi “desagradável e preconceituoso com as vítimas de abuso sexual”.
Entretanto, ele colocou que suas falas foram tiradas de contexto e usadas em manchetes para atacar a Igreja Católica. Ele reiterou que não fez apologia ao crime, que isso foge dos preceitos dos cristãos católicos e de sua ideologia de formação.
O caso
O padre Ramiro José Perotto, de Carlinda, afirmou em comentários no facebook que uma criança de 10 anos estuprada pelo tio durante 4 anos, no Espírito Santo, gostava de dar.
Ele foi afastado da comunidade religiosa, após se envolver em polêmica, no dia 19 de agosto, por tecer comentários maldosos sobre a menina de 10 anos que ficou grávida, após ser abusada sexualmente.
“Você acredita que a menina é inocente? Acredita em Papai Noel também? 6 anos, por 4 anos e não disse nada. Claro que estava gostando. Por favor kkkk, gosta de dar, então assuma as consequências”, escreveu o padre.
Antes de desativar suas redes sociais, ele foi duramente atacado e repudiado por centenas de pessoas, que fizeram comentários em suas publicações.
Os internautas se manifestaram de várias formas desde desejando que o padre “vá para o inferno”, como definindo ele como “nojento”, “verme”, “blasfemador”.
Ramiro assumiu a igreja em Carlinda após o antigo líder se envolver em uma polêmica de assédio sexual.
Via Repórter MT – por Maju Souza