Remy Cardoso Xavier, motorista do Hospital de São Miguel do Guaporé, entrou com uma ação hoje no fórum da cidade buscando a tutela de urgência para que Edivaldo Souza Gomes, apresentador da TV Allamanda e vereador em Ji-Paraná, responsável por divulgar dois vídeos nas redes sociais fazendo afirmação de que o autor seria o responsável diretamente por ter espalhado o coronavirus no município. A ação foi autuada sob o número 7001132-20.2020.8.22.0022 e distribuída nesta quinta-feira, tramitando no Juizado Especial Cível. A ação de obrigação de fazer e não fazer cumulada com pedido de danos morais em forma de urgência pede que o apresentador retire do ar os vídeos no seu canal que o profissional tem no You Tube, sob pena de pagamento de multa de R$ 1.000,00 por dia, até o limite de 40 salários mínimos, caso não cumpra a decisão judicial se for concedida a medida cautelar de natureza pessoal civil.
Depois que o frigorífico JBS foi fechado por representantes do Ministério Público do Trabalho e de servidores da Vara do Trabalho de São Miguel, por determinação do magistrado Wadler Ferreira, muita gente agora acha que houve uma condenação precipitada acusando o motorista do hospital da cidade por ter sido o responsável unicamente em propagar o coronavirus no município de São Miguel do Guaporé, visto que acredita-se que o vírus possa ter vindo de São Paulo, por meio de motoristas de caminhão que vêm buscar carne no mais importante frigorífico da JBS no Brasil, que deve ser ajudado a contaminar muita gente na cidade, provando que o motorista se contaminou trabalhando para salvar vidas, porém está sendo acusado de forma temerária e antecipada porque trata-se de um servidor muito querido pelos colegas de trabalho, competente e assíduo nas suas atividades e não seria covarde trabalhando na saúde pelo povo em sair nas ruas e nas linhas do município de São Miguel contaminando as pessoas que tanto vem colaborando para evitar a proliferação do Covid-19 no município.
Outro fato que vem ajudando a não responsabilizar Remy Cardoso Xavier de ter espalhado o vírus no município é que ele apenas sentiu um pouco a falta de paladar, não ficou doente, a doença não foi capaz de atingir sua saúde e no terceiro dia foi constatado por outro exame que não tinha mais o vírus. Uma pessoa assim não teria a mínima condição de contaminar tanta gente como está falando porque ele se cuidou e não foi irresponsável de passar a doença para outras pessoas, até porque o seu trabalho é de salvar vidas e não causar mortes. Outras pessoas que fizeram acusação leviana contra o motorista também sofrerão ações de reparação por danos morais, as quais vão ter que indenizar o servidor lotado no hospital por promover calúnia, difamação e injúria contra a sua pessoa.
Da redação- Planeta Folha