O jornalista William Ferreira, preso por causa do 8 de janeiro, passou mal na Unidade Prisional Especial de Porto Velho (RO), na tarde da quinta-feira 18, e precisou ser levado às pressas para o Hospital da Astir, na capital, informou a mulher dele, Naiane Portugal.
Conforme Naiane, o marido, que segue internado, perdeu 16 quilos e vem se queixando há dias de dores, cuja origem ainda é desconhecida. Ele tem tido febre e mal-estar. Obtida pela Revista Oeste, uma ressonância feita em 26 dezembro constatou nível 5 de alteração na próstata de Ferreira (o mais alto em uma escala que começa em 1).
Ainda de acordo com o documento, William tem um nódulo na região e sinais de hiperplasia (aumento de células). “Muito alta a probabilidade de neoplasia prostática clinicamente significativa”, informou o diagnóstico. Dessa forma, os médicos recomendaram a realização de biópsia, além de tratamento especializado. A seguir, imagens do laudo:
Quem é o jornalista William Ferreira, preso por causa do 8 de janeiro
Em 3 de fevereiro do ano passado, cumprindo ordens do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a polícia prendeu Ferreira durante a quarta fase da Operação Lesa Pátria. Isso porque, durante a invasão dos prédios públicos, Ferreira transmitiu os atos em suas redes sociais. Nas imagens, é possível ver a destruição na sede do STF. Aos agentes, Ferreira disse estar de férias, em Brasília, e resolveu cobrir os atos.
Ferreira é conhecido em Rondônia como o “homem do tempo”. Ele foi sargento da Polícia Militar do Estado e, nas eleições de 2022, se candidatou a deputado estadual, mas perdeu. Antes disso, já havia tentado vaga na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativa de Rondônia, desde 2012. Em todas, ficou apenas como suplente.
O advogado de Ferreira, Hélio Junior, afirmou que não há denúncia formal da Procuradoria-Geral da República contra o seu cliente. “Até hoje, nada”, disse ele.