A sogra de uma garota de 19 anos, residente no bairro Bela Vista, em Vilhena, entrou em contato com a reportagem na manhã desta segunda-feira, 31, alegando que a nora está passando por um momento de desespero, pois já completou os nove meses de gestão e, mesmo perdendo líquido há mais de 15 dias, não consegue realizar uma cesariana no Hospital Regional.
De acordo com a denunciante, sua nora já foi encaminhada ao hospital por várias vezes pela enfermeira responsável por seu pré-natal, pois desde os sete meses, seu bebe já apresenta baixa nos batimentos cardíacos, porém, sempre que é atendida pelas enfermeiras da unidade, ouve que a perda de líquido é normal e que sua preocupação com o filho se dá por ser ”mãe de primeira viagem”.
No entanto, como necessita do atendimento de um médico, o que segundo ela não ocorre sempre que busca o hospital, tendo na última vez desistido de esperar, alegando que nem enfermeira havia no local e várias grávidas que aguardavam estavam ao prantos, a jovem se encontra desesperada, temendo pela vida do filho. Ela também tem medo de que, em virtude de seu porte físico, não consiga ter parto normal.
Diante das informações, a reportagem do site entrou em contato com Faiçal Akkari, diretor da unidade, que levantou ficha médica da paciente e verificou que hoje ela está com 39 semanas e um dia de gestação, e que todos os atendimentos prestados tem o carimbo do médico obstetra.
“As vezes a enfermeira obstetra realiza o atendimento e apenas informa o médico que está na sala ao lado sobre o quadro da paciente, mas isso não quer dizer que o médico não analisou o caso, pois em todos os atendimentos da paciente tem o carimbo”, relatou o diretor.
Faiçal relatou ainda que, no hospital, os procedimentos seguidos são os estipulados pelo SUS, e não os que a mãe deseja, uma vez que muitas gestantes querem realizar o parto antecipadamente, o que de fato coloca em risco a vida do bebê, e solicitou que a paciente que fez a denúncia retorne à unidade hoje.
Fonte: Folha do Sul