Com a proposta de promover o aprimoramento e fortalecimento do processo de implantação da vigilância socioassistencial nos 52 municípios de do Estado, o Governo de Rondônia prossegue nesta quinta-feira (18) com as atividades do 1º Encontro Estadual da Vigilância Socioassistencial de Rondônia. O evento acontece no L’Acordes Hotel, em Porto Velho, por meio da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social (Seas).
O encontro que tem por objetivo a busca do aperfeiçoamento da Vigilância Socioassistencial, com a troca de experiências, debates, apresentações e aprendizados sobre Sistema Único de Assistência Social (Suas), conta com a participação de 150 pessoas, entre gestores e técnicos de Vigilância Socioassistencial dos municípios.
Nos 52 municípios já existe a Vigilância Socioassistencial, porém, segundo Nálei de Carvalho Sobrinho, da Gestão do Suas na Seas, todos estão em processo de aprimoramento quanto à oficialização, pois foi pactuado na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) que o dia 30 de abril de 2021 como prazo final para a oficialização por meio de lei e ou decreto. “Hoje estamos com uma média de 50% dos municípios que estão com o setor de Vigilância Socioassistencial oficialmente nos seus territórios”, ressaltou.
Na abertura, realizada na quarta-feira (17), representando a secretária Luana Rocha, a adjunta Liana Lima destacou a importância do encontro para que sejam mostrados os avanços e também o que é necessário para convalidar os direitos constitucionais e fazer chegar a assistência, de forma intersetorial, ou seja, saúde, educação, assistência social e outros, às famílias vulneráveis.
“Temos que trabalhar de forma consciente, com base em diagnósticos e de forma intersetorial para que haja a mudança que pretendemos na vida dessas pessoas”, afirmou Liana, citando as conferências como exemplos de aproximação da realidade de cada município.
Para Célia Langue, secretária municipal de Saúde de Urupá, na ocasião representando o Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social (Coegemas), o evento está sendo de grande valia porque mostra várias experiências que podem ser reformuladas ou adequadas para os respectivos municípios.
Baseado em sete eixos, o encontro seguiu pela manhã com a palestra magna on-line do representante da Secretaria Nacional de Assistência Social, Paulo Eugênio Clemente Junior, analista técnico de Políticas Sociais e coordenador de Vigilância na Coordenação-Geral de Planejamento e Vigilância Socioassistencial, falando sobre “A Vigilância Socioassistencial e o Processo de Aprimoramento do Sistema Único de Assistência Social (Suas)”.
Em seguida foi a vez da assistente social, Shirley Samico, integrante do Comitê Técnico do Consórcio Nordeste e coordenadora do Grupo de Vigilância Socioassistencial do Nordeste, abordar o eixo “Vigilância Socioassistencial como um ativo estratégico: dados, informações, conhecimento insight e sabedoria”.
No período da tarde foram apresentados os “Resultados do monitoramento Estadual e análise dos instrumentos de informações via sistemas da rede Suas 2020/2021 e prévia do Diagnóstico Socioterritorial Estadual”, pelas técnicas da Vigilância Socioassistencial Estadual, Weidila Nink Dias e Denir Mattara.
PROGRAMAÇÃO
O evento segue nesta quinta-feira pela manhã com as palestras “A Vigilância Socioassistencial e a rede Socioassistencial privada”, com Marcos Antunes, do Departamento de Gestão do Suas, também on-line; e “Apresentação dos municípios de Ariquemes, Ouro Preto do Oeste, Vilhena, Rolim de Moura e Jaru, no processo de implantação da Vigilância Socioassistencial Municipal”.
À tarde estará em foco o tema “Implantação e qualificação da Vigilância Socioassistencial”, com a assistente social Ascenção de Maria Matos Rocha Muniz Mendes, graduada em Educação de Jovens e Adultos pelo Instituto de Estudos Superiores do Maranhão, atuando hoje na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, na Supervisão de Vigilância Socioassistencial do Suas.
Segundo Ascenção, sua palestra tem por princípio orientar os municípios a buscar informações e apontar as ferramentas para a qualificação da Vigilância, com base em dados reais, sem “achismo”.
Já Shirley apresenta perspectivas mais estratégicas, considerando que estamos em pandemia e com redução de recursos, por isso a leitura do território, em sua avaliação, tem que ser feita com sabedoria para subsidiar as decisões. O Censo Suas e o Cadastro Único devem servir de parâmetro para estas decisões.
Via assessoria
Texto: Veronilda Lima