As empresas se deparam com cenários incertos e em constante transformação. Pensar em estratégias de gestão de riscos nunca foi tão importante como agora.
É preciso unificar pessoas aos processos, alinhar a administração de acordo com as novas exigências do mercado e ainda pensar em situações de risco, como prevenir e agir, caso a empresa seja exposta a um cenário de instabilidade.
De acordo com a ISSO 31000 a gestão de riscos é uma terminologia que engloba um conjunto de ações estratégicas para os diversos setores da empresa, prevenindo então possíveis perdas relacionadas tanto ao fator humano, como a matéria.
Nesse artigo, a Plano Consultoria, aborda exemplos de gestão de risco na prática e razões pelas quais toda empresa precisa repensar sobre os processos internos e inserir uma mentalidade crítica no que diz respeito à gestão preventiva.
Gestão de riscos – o que será avaliado?
Todos os cenários e departamentos na empresa acometidos por transformações, em âmbito interno ou externo, que possa repercutir de maneira negativa os resultados na empresa. Portanto, é importante avaliar:
- O risco: o que esse incidente poderia causar;
- Probabilidade: quais as chances de ocorrer na prática;
- Impacto: caso ocorra, quais serão os impactos em todos os departamentos da empresa.
Exemplos em que a gestão de riscos deve ser aplicada:
- Implantar controles, recursos de segurança extra;
- Quando há mudanças, seja estrutural física, recursos (materiais) ou na gestão de pessoas;
- Execução de um novo projeto na empresa;
- Após um incidente, seja no setor financeiro e administrativo, como acidentes trabalhistas, demissões e outros fatores;
- Atualização em regulamentos técnicos e legais;
- Identificação de fraudes;
- Acidentes ambientais;
- Processos na justiça e multas;
- Perda da credibilidade da marca no mercado;
- Danos causados por roubo, furto ou assalto.
É importante destacar que na gestão de riscos também está incluso práticas de gestão em governança, uma vez que todas as estratégias são focadas em tornar os processos internos alinhados em termos legais, redução de incertezas e direcionamento que abrange boas práticas no âmbito social.
Qual o objetivo do Gerenciamento de Riscos?
Qualquer atividade desenvolvida na organização está sujeita aos riscos, esses quando não gerenciados corretamente podem acarretar em prejuízos de ordem técnica, qualidade do produto ou serviço, comprometendo a entrega de valor e até em punições de ordem judicial.
Principalmente as organizações públicas e federais, possui o compromisso de manter a ordem e aprimoramento no sistema de gestão de riscos, refinando os processos de avaliação, identificação e análise crítica ao aplicar estratégias.
O gerenciamento de riscos nesse caso faz parte da missão institucional e deve ser seguido criteriosamente.
Vantagens ao aplicar de modo estruturado a gestão de riscos na empresa:
- Redução da probabilidade de ocorrências que possam impactar nos objetivos da organização;
- Proporciona administração transparente, considerando fatores sociais, legais e regulatórios;
- Quando aplicada de modo sistematizado contribui nas tomadas de decisões, pois fornece informações amplas e detalhadas sobre o cenário a ser avaliado;
- Para as organizações públicas, prioriza a entrega de serviços de alto valor gerando benefícios sociais;
- Uso inteligente dos recursos financeiros, levando em consideração os riscos e qual a melhor alternativa para obter o capital para a estratégia;
- Responder com rapidez e assertividade as incertezas, eventos e mudanças de cenário;
- Melhoria constante nos processos;
- Gerencia a equipe para ações estratégicas com objetivo de reverter situações de risco e evitar consequências negativas;
- Transformar riscos em oportunidades e não em ameaças para a empresa.
Qual o processo para o gerenciamento de riscos eficiente?
Diagnóstico: identifique quais são as vulnerabilidades e pontos fracos da empresa que possam comprometer múltiplos processos, além da cadeia de valor. É importante considerar que cada empresa está passando por uma situação distinta, seja a fase de amadurecimento, consolidação, crescimento ou expansão.
Definindo riscos: momento de entender com amplitude como os processos e atividades funcionam na empresa. Serão avaliados diferentes tipos de risco e as vertentes que podem impactar os resultados do negócio;
Análise quantitativa: após a investigação mensurar numericamente qual será o grau dos diferentes riscos e como pode impactar a empresa por várias perspectivas;
Priorizar riscos: após identificar quais são os riscos em que a empresa está exposta é o momento de organiza-los por ordem de importância e priorizar aqueles que oferecem a probabilidade de maior dano;
Definir estratégia de gestão de riscos: a equipe irá determinar qual a melhor estratégia para lidar com os riscos identificados, a começar por aquele que pode repercutir em maior prejuízo;
Monitoramento: será essencial para acompanhar a eficiência da estratégia adotada, além de monitorar como o risco está se apresentando. Para o monitoramento eficiente serão indicados os controles sistematizados, implantação de mecanismos de controle, canal de denúncias, relatórios e indicados de desempenho.
Por Daiana Barasa