Um relatório produzido pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e apresentado à imprensa durante coletiva realizada pelo governo do estado nesta segunda-feira (19), mostra que a fumaça que tomou conta de Rondônia tem origem em três pontos distintos: o primeiro foco vem do Sul do Amazonas, notadamente do município de Apuí, onde há um grande foco de queimada que está mobilizando as autoridades amazonenses. O segundo, no entanto, tem origem em Rondônia, na região pertencente a Vista Alegre do Abunã, extremo Norte do estado.
Os focos de incêndio registrados na floresta Jacundá (também extremo Norte de Rondônia) são responsáveis por parte da fumaceira que tem incomodado o rondoniense. Em todos estes casos, os incêndios são criminosos. A seca extrema piora a situação porque a condição da vegetação colabora com a proliferação das chamas.
As ações do governo de Rondônia acontecem no sentido de mitigar os efeitos causados pela fumaça. Em uma primeira linha de atuação, o Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO) enviou 20 soldados ao Amazonas para colaborar com o trabalho de contenção das chamas – e por consequência – a redução da fumaça no estado.
Na mesma esteira, o estado tem mantido em curso a Operação “Verde Rondônia”, que tem como objetivo manter militares de sobreaviso para realizarem operações de contenção de chamas, identificação de autores deste tipo de crime e eventual punição.
O tenente-coronel Adenilson Silva Chagas, comandante do Batalhão de Polícia Ambiental destacou que, as equipes do batalhão estão em campo diuturnamente, e todo o trabalho desenvolvido pelo governo do estado resultou na redução de quase 50% dos índices de desmatamento em todo o território de Rondônia. As diversas áreas de litígio registradas no estado criaram uma condição atípica neste ano e geraram uma maior incidência de casos relacionados às queimadas, segundo o comandante.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirmou que suas unidades registraram aumento de procura por atendimento em decorrência do tempo e da fumaça, porém, os números de internações estão dentro da média esperada no período. Ainda assim, os profissionais da saúde criaram grupos de trabalho que estão atentos às condições climáticas e criaram estratégias de ação em caso de aumento do número de internações.
Um dos maiores focos de esforço do governo é a mobilização por meio da conscientização. Isso porque o volume de casos de incêndio dificulta o trabalho dos agentes. “É importante entender que o fogo gera monóxido de carbono, que é altamente prejudicial à saúde humana e pode levar à morte. Todo mundo sofre com isso, quem coloca o foco e quem é prejudicado por ele”, pontuou o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Nivaldo de Azevedo.