Ricardo Mendes, marido da ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, conversou com exclusividade com a coluna Fábia Oliveira. O corretor de imóveis falou sobre a tal carta de despedida encontrada pela polícia na mesa da área comum do prédio, no 17º andar, onde a atleta estava sentada antes de cair.
Questionado sobre o conteúdo escrito pela esposa, Ricardo revelou que até o momento não teve acesso nem ao papel e nem ao celular de Walewska. Ambos ainda estão em posse da polícia de São Paulo.
“Ainda não me entregaram a carta e nem o celular dela”, declarou ele.
Segundo o boletim de ocorrência, ao qual a coluna teve acesso, os policiais relataram que quando chegaram à área de lazer do prédio, encontraram sobre uma mesa “garrafa de vinho com uma taça, ambas com vinho pela metade”. Além disso, havia um celular e uma pasta com uma folha sulfite, “onde foi feita uma carta que seria da vítima, aparentemente de despedida”.
No B.O., foi registrado também que uma auxiliar de limpeza do condomínio afirmou ter visto Walewska Oliveira sentada na área de lazer bebendo uma taça de vinho. As duas teriam chegado a conversar rapidamente. Segundo a profissional, a atleta “não chorava e falava normalmente”.
Registrado como “morte suspeita”, o caso está aos cuidados do 78º Distrito Policial de São Paulo, nos Jardins.
“Jamais pensaria que ela seria capaz disso”, diz marido de Walewska
Em conversa com a coluna Fábia Oliveira, Ricardo Mendes também falou sobre como está os dias após o falecimento de Walewska. O correto de imóveis disse que esse está sendo o momento mais difícil de sua vida e que jamais imaginaria que ela seria capaz de fazer isso.
Walewska Oliveira morreu, na última quinta-feira (21/9), após cair do 17º andar do prédio em que morava com o marido, em um bairro nobre de São Paulo. Investigações da polícia apontam que a ex-jogadora tirou a própria vida.
“É o momento mais difícil de toda a minha vida. Não paro de chorar e pensar nela. Jamais pensaria que ela seria capaz disso”, disse Ricardo Mendes à coluna.
Ainda sem acreditar no que aconteceu, o marido de Walewska não consegue encontrar motivos que a fizeram tomar tal atitude.
“Nenhum motivo do mundo justifica alguém tirar a própria vida. Deixou eu, pai, mãe, irmão, amigos, cunhada, sobrinhos, fãs… Meu Deus”, declarou.
Marido de Walewska diz que cunhado o culpa pela morte da atleta
Ao ser questionado pela coluna Fábia Oliveira sobre achar que a família de Walewska o culpa pela morte dela, Ricardo Mendes foi direto: “A família toda não. Eu amo meus sogros, sempre tivemos um excelente relacionamento. Creio que meu cunhado sim. Mas entendo a dor dele. O ser humano tem que achar sempre um culpado para tudo”, falou.
Ele ainda completou: “Será que ninguém pensa em mim? Fiquei dois dias trancado dentro de um apartamento”, disparou.
O marido de Walewska Oliveira também voltou a falar sobre a sua ausência no velório e enterro da atleta. Segundo ele, a passagem para a ida à despedida já estava emitida, no entanto, um amigo, que foi seu padrinho de casamento, pediu que ele não comparecesse ao local.
Ainda de acordo com Ricardo, foram os sogros que fizeram o pedido para evitar constrangimento com o cunhado Weslley.
“Assim que nosso padrinho de casamento, o Gu, disse para eu não ir, liguei pra ele. E ele me disse que o Sr. Geraldo, meu sogro que amo de paixão, disse que ele e a dona Cida me amavam como um filho e não queriam que eu passasse por um constrangimento com o Weslley, que estava transtornado”, revelou.
Ao UOL, no último fim de semana, o irmão de Walewska afirmou que não houve qualquer contato dos familiares com Ricardo. “Nem eu, nem meu pai, nem minha mãe. Todas as tratativas no IML, a liberação do corpo da minha irmã, como eu moro em São Paulo, eu fiz tudo sozinho. Ele não participou de nada, não pagou nada”, disparou o piloto.
Wewslley ainda disse que o cunhado não contribuiu com nada. “Resolvi todas as burocracias, eu paguei todo o funeral. O marido da minha irmã não arcou com nada. Eu fiz o que tinha que fazer porque era minha irmã. Corri para o prédio no dia do incidente, resolvi todas as burocracias, eu paguei tudo. Tanto a parte do translado, até todos os custos gerais do funeral. No total foram R$ 20 mil de custos. O marido da minha irmã não arcou com nada”.
Texto: Fábia Oliveira*