Em vídeo publicado nas redes sociais, uma funcionária da unidade narra a situação após a paciente quebrar alguns objetos, entre eles o computador, e atacar uma técnica de enfermagem, com puxões de cabelo e dar um soco no estômago de uma enfermeira.
“Ela agrediu a enfermeira e a técnica. Arrancou o cabelo da técnica. Ela quebrou o computador. O funcionário que está na classificação de risco não tem proteção nenhuma. A paciente bate e afronta. A colega teve o cabelo arrancado. A outra levou um murro no estômago. A gente não tem proteção nenhuma por parte da gestão para cuidar dos nossos servidores que estão atendendo a população”, pontua.
Ainda no vídeo, a funcionária diz que o problema não é por conta do atendimento a paciente da ala psiquiátrica, mas pela falta de segurança.
Ao g1 o chefe do departamento de fiscalização do Coren-RO informou não ter sido a primeira vez que um servidor do hospital João Paulo II passou por uma situação de agressão no ambiente de trabalho.
“Já havíamos fiscalizado a instituição para verificar as condições de atendimento dentro da rede de saúde mental, considerando que o João Paulo é porta de entrada para essas emergências psiquiátricas e naquela oportunidade já tinha recomendado ao hospital que constituísse um grupo de trabalho, elaborasse estratégias para esse acolhimento terapêutico e dentro desse grupo de trabalho, certamente haveria a discussão sobre a segurança dos profissionais de enfermagem”, disse.
O fiscal destacou que as medidas cabíveis para buscar por aumento da segurança no local foram solicitadas.
“Com esse novo fato, fizemos uma nova fiscalização e vamos encaminhar os documentos à Secretaria de Estado da Saúde solicitando apoio e segurança ao profissionais, as medidas cabíveis dentro desse contexto de emergência e aos demais órgãos sugerindo na oportunidade, que seja deslocada essa porta de entrada, atendimento das emergências psiquiátricas para outra unidade de saúde, considerando o fato de que o João Paulo não possui estrutura física adequada para esse tipo de atendimento”.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que, os profissionais agredidos pela paciente estão recebendo todo o suporte médico necessário e que nos últimos três meses, a unidade atendeu mais de 450 pacientes psiquiátricos.
Quanto à paciente citada pela funcionária, a assessoria disse que ela é Vista Alegre do Abunã (RO) e deu entrada no Hospital João Paulo II com sinais de agitação e agressividade. A mulher já foi transferida para a psiquiatria do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, onde atualmente, estão internados 30 mulheres e 28 homens.
Por Jheniffer Núbia, g1 RO