O Delegado Núbio Lopes de Oliveira (FOTO ABAIXO), titular da Delegacia de Homicídios de Vilhena, apresentou na manhã desta sexta-feira, 21, a conclusão do inquérito que apura a morte do caminhoneiro Emerson Valdir Mattes, de 45 anos. Ele foi executado a tiros no pátio do posto Parada Grande, em Vilhena, na tarde do dia 27 de janeiro deste ano.
De acordo com o delegado, após as investigações apontarem o casal de patrões da vítima como principais suspeitos, por Emerson ter entregado uma “falcatrua” que ambos fizeram para receber dinheiro da seguradora, quando um dos caminhões da empresa sofrer um acidente e ainda ter entrado com uma ação trabalhistas contra estes, a prisão dos empresários foi decretada. No entanto, uma lacuna ainda ficou vaga, pois as câmeras de segurança do local do crime mostraram que o atirador entrou no veículo da fuga pela porta do carona, indicando que o assassino não dirigiu o veículo Gol usado na fuga.
No decorrer do processo, foi descoberto que D. C. S. R., mais conhecido por “Júnior”, patrão de Emerson, foi a pessoa que alugou o veículo Gol e efetuou os disparos contra a vítima, e sua esposa, A. M. S. R., além de levá-lo até a locadora para pegar o veículo, também o levou para devolver, mostrando sua participação ativa na situação criminosa.
Porém, ainda restava saber quem dirigiu o veículo na hora do crime, fato este que foi desvendado quando a própria mulher, durante uma das audiências, relatou que o policial penal F. A. M., teria envolvimento no crime e a estava coagindo dentro da unidade prisional.
Em busca policial na casa do servidor público, foi apreendida a arma dele, cujo calibre é similar ao da usada no crime, porém, o exame de balística acusou resultado inconclusivo, que é quando os elementos analisados não são suficientes para afirmar ou descartar uma hipótese.
Mesmo o policial penal negando seu envolvimento no crime, foi levantado pelo setor de investigação que no momento da morte de Emerson, quando F. afirmou que tinha ido ao shopping, este de fato não foi confirmado, e sim, ele teria dirigido o veículo para que D. cometesse o homicídio.
Foi levantado ainda, nas investigações, que F. teria ido ao local no período da manhã, para praticar a ação, porém, recuou devido a vítima estar com do filho ainda criança dentro do carro.
Outro fato que, segundo Núbio, também foi descoberto nas investigações, é que nas imagens registradas pelo sistema de segurança da casa do casal, há registro de dias anteriores e posteriores ao crime, porém, na data dos fatos, em que foi confirmado que F. esteve no imóvel, o sistema foi desligado.
Diante de todas os indícios contra o policial penal, a princípio este foi afastado de suas funções para não ter contato com o casal, uma vez que a mulher firmou estar sendo coagida pelo servidor e seguidamente, também teve sua prisão preventiva decretada e cumprida no final do mês de maio.
Segundo informações extraoficiais, atualmente o agente se encontra detido em um Centro de Correição em Porto Velho, onde está à disposição da justiça.
Fonte: Folha do Sul