O corpo da estudante brasileira Ana Karolina Fernandez, de 22 anos, que morreu ao cair no poço de um elevador na Argentina, foi liberado pelas autoridades para o traslado e sepultamento em Goiás, nesta quarta-feira (23), segundo informou ao G1 a empresária Silvana Lara Ferreira, mãe da vítima. A jovem, que cursava medicina em Buenos Aires, sofreu uma queda do 13º andar de um prédio.
“Ela sempre foi muito querida. Ela merece um velório e um enterro digno”, disse Silvana, bastante emocionada.
A família quer enterrar o corpo em Chapadão do Céu, no sudoeste de Goiás, onde vive. A jovem morou no município goiano até os 18 anos, quando se mudou para o país vizinho para fazer o curso superior.
Silvana disse que o corpo foi reconhecido por amigas de Ana e já foi levado para a funerária, mas que ainda precisa passar por todos trâmites preparatórios necessários. A previsão inicial é que ele deixe a Argentina rumo ao Brasil até o próximo dia 30 de setembro.
Possível falha no elevador
A família também foi informada de que a polícia local tem como principal hipótese para a causa da morte uma falha no elevador do edifício. Nos últimos dias, chegou a ser cogitada a tese de homicídio.
“A investigação caminha para isso, para uma falha no elevador, afastando a tese de homicídio. Essa informação nos foi repassada pela funerária, que recebeu um ofício do Ministério Público argentino”, afirmou o advogado Carlos Eduardo Correa da Silva, que é tio de Ana e está cuidando dos trâmites burocráticos.
Ana Karolina morreu no último dia 4. Ela havia saído para comemorar a aprovação em uma prova de patologia. Um perfil chegou a ser criado nas redes sociais por amigos da jovem cobrando uma investigação “transparente” sobre a morte.
O G1 tenta contato, por e-mail, com a Polícia Metropolitana de Buenos Aires desde o dia 12 de setembro, para saber o andamento das investigações. No entanto, não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Sonho em cursar medicina
A jovem havia se mudado para o país argentino há quatro anos para fazer faculdade de medicina, que era seu grande sonho.
A família era natural de São Paulo, mas se mudou quando Ana Karolina tinha 6 anos para a cidade goiana de Chapadão do Céu. Lá ela viveu até os 18, quando foi para a Argentina.
Inicialmente, a família calculou o valor de mais de R$ 28 mil para trazer o corpo de Buenos Aires para São Paulo. De lá, ele ainda seguirá até Chapadão do Céu, onde o enterro será realizado.
A família fez uma campanha para ajudar a custear o traslado e conseguiu arrecadar o dinheiro necessário.
Por Sílvio Túlio, G1 GO