O dia 02 de maio de 2016, foi o um momento marcante na vida de Dayane , mãe do Ralf Henrique, dia do seu nascimento e como sempre sua avó Marinês acompanhou tudo de perto, sempre presente, ocorreu tudo bem durante a cirurgia. – “Lembro da enfermeira me mostrando aquele bebê lindo, foi um momento único”, recorda a avó.
Ralf Henrique se desenvolveu perfeitamente como uma criança na idade dele até 1 ano e meio sua avó professora e na sua turma tinha um aluno autista, que ajudou a ir em busca de conhecimento para acompanhar e conhecer melhor o TEA, começou observar seu neto em casa, com os movimentos repetitivos e também andava com as pontas dos pés e a organização dele com as peças de brinquedos e chinelos enfileirados,, Ralf Henrique falou no tempo certo, mas aos poucos foi perdendo a fala, que começou a balbuciar palavras: “Todo mundo me dizia que não era para eu me preocupar porque, no menino, a fala acontece mais tarde”. Mas avó Marinês e sua filha Dayane mãe do Ralf Henrique resolveram buscar ajuda médica. E foram diretamente em uma clinica de neuropediatra, que devido ás observações e as experiências da avó do Ralf
Henrique começou os diagnósticos, junto á outros profissionais de saúde que seu neto Ralf Henrique era portador do TEA, “ele é autista”. Disse a neuropediatra.
Com as idas e vindas da neuropediatra, representou um divisor de águas na vida dessa mãe e dessa avó ainda cheia de dúvidas, chegando em casa, Ralf abriu um caixa cheio de carrinhos, e outros brinquedos e ficou olhando para todos aqueles brinquedos e se isolou no mundo dele.
Sua mãe e sua avó começaram a procuraram entender melhor de ver este mundo tão diferente, tentaram procurar ajuda de alguns familiares e para eles também aprender a conviver com o diferente: “Eles têm um mundo só deles, e todos que convivem com o Ralf precisavam entender isso, disse avó.
Derrubando barreiras
Nas suas andanças, descobriu que a família que tem um autista enfrenta dois obstáculos: o primeiro é perder o medo e permitir que o filho especial tenha uma vida como as das outras crianças, e o segundo é conseguir terapias para melhorar a convivência de Ralf Henrique.
Dayane matriculou Ralf na creche municipal de Santa Luzia D´Oeste, para melhorar a socialização, mas as terapias não tinha como começar, pois a mãe nem a avó tinham condições financeiras, foi então que a avó conversando com uma mãe de um autista, tirou todas as duvidas de como conseguir tratamento e acompanhamento de profissionais para começar estas terapia, agora conhecedora da lei 12.764/12, que Institui a Política Nacional dos direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autismo, começa a luta para conseguir os tratamentos, mas a demora é imensa, e o Ralf Henrique só progredindo; foi então, que a avó Marinês, formada em administração e licenciada em letras e terminando curso de pedagogia atuando na área da educação, decide se especializar em Neuropsicopedagogia e Terapia ocupacional, para ajudar seu neto Ralf Henrique e futuramente outras crianças com o TEA.
A avó e professora Marinês que confecciona junto a professora do pré II, sua atividades pedagógicas, e também faz a equoterapia em uma chácara particular cedida pelos proprietários para desenvolver esta terapia e auxilia-lo no equilíbrio e concentração.
A avó mesmo com todos estes cursos que auxilia Ralf Henrique, ele depende do auxilio do estado e do município para os remédios controlados e também o acompanhamento de um serviço especializado em educação especial, que ainda não começou, aguardando decisão judicial do estado e município .
Ralf Henrique tem TEA moderado, sociável, olha nos olhos, abraça, mas não fala, não tem noção de espaço e nem do perigo, está aprendendo onde fica o banheiro, aprendendo a comer sozinho . – “Ele já se expressa e sabe mostrar o que quer fazer puxando- nos pela mão, A partir das terapias com outros profissionais, ajudaremos na evolução explica a avó, pedagoga, neuropsicopedagoga e Terapeuta ocupacional, E somente assim, com ajuda também dos profissionais da educação, em seus primeiros anos das series iniciais, Ralf Henrique será alfabetizado, – ficaremos felizes ao ver o meu neto, convivendo pós pandemia com os demais alunos e participando da vida em sociedade.
Meu coração se enche de esperança e emoção! Comemora sua avó Marinês.
Via Rondônia News