
Um dos jogos de cartas mais apreciados em todo o mundo, o blackjack vem crescendo. Cada vez mais pessoas querem experimentar o que poderia ser chamado de “versão internacional” do brasileiríssimo jogo de vinte e um. Embora haja algumas diferenças, o princípio é o mesmo para os dois: somar o maior número de pontos com suas cartas, sem ultrapassar 21. Para quem já sabe o básico, mas quer aprender algumas estratégias da modalidade mundial, seguem algumas dicas.
O blackjack é um título de cartas disputado entre um jogador e um crupiê, também chamado dealer. No passado, essa característica de um contra um obrigava os adeptos a se deslocarem até um cassino. Hoje, porém, basta acessar uma plataforma de entretenimento virtual para encontrar um profissional disponível, a qualquer hora do dia, sete dias por semana. Embora os jogadores não disputem entre si, eles influenciam o jogo um do outro. Isso porque o baralho é o mesmo para todos na mesa. Ou seja, se uma pessoa recebe muitas cartas baixas, é mais provável – mas não garantido – que as demais recebam cartas altas. E isso afeta as estratégias.
E é necessário ter sempre em mente a estratégia. Seja para se preparar para um concurso público, seja para abrir um novo negócio, ou seja em um jogar uma partida de blackjack. Embora o componente da sorte esteja presente, o segredo para ter sucesso vem muito de escolhas acertadas.
O limite de 17
Um exemplo de boa estratégia está nas mãos ligeiramente inferiores a 17, como um 15 ou 16. Não são jogos tão fortes, mas, ao mesmo tempo, é fácil receber uma carta que faça a mão estourar. O que fazer, então? Pedir carta, ou parar?
A resposta é: depende. É preciso saber qual variante da regra está sendo usada. Em geral, a regra diz que o dealer precisatirar cartas até chegar a 17 e, chegando nesse valor, não pode virar mais. Mas há a variante em que ele deve abrir cartas enquanto houver jogadores com mãos melhores.
Na segunda opção, a chance do crupiê estourar é maior, então vale a pena arriscar com uma mão apenas razoável, de 15 ou 16 pontos. A menos que já tenham sido abertas várias cartas altas (8, 9 ou 10), o que indica que a probabilidade de sair uma carta baixa é maior, e com isso o dealer conseguiria superar sua mão, sem estourar.

Dividir ou não dividir…eis a questão
O blackjack oferece uma jogada especial toda vez que um jogador recebe duas cartas de valor igual. Chamada de “dividir”, permite separar as duas em dois jogos independentes, apostando no segundo um valor igual ao primeiro. Se forem dois áses, o jogador recebe mais uma carta – e apenas uma – para cada jogo.
Aqui a estratégia está em perceber se vale ou não a pena dividir o jogo. Certamente vale se forem dois áses, pois são duas chances de blackjack, o jogo mais forte possível. Mas e se forem dois 4? Dificilmente vale a pena dividir, porque ainda que a próxima carta seja um dez ou ás, o jogo somará 14 ou 15, uma mão razoavelmente fácil de bater. Por outro lado, com dois 8 faz sentido dividir. Já dois 5 ou dois 6… é preciso avaliar quais cartas já saíram, e tentar antever quais podem sair. Quanto mais altas, melhor.
Faça um seguro, ou simplesmente corra
Outras jogadas especiais do blackjack são o seguro e a desistência.
Na vida real, há inúmeros bons motivos para fazer um seguro. No blackjack, há apenas um: quando a carta aberta do dealer for um dez ou ás, indicando que ele pode fazer um blackjack. Para se precaver, o jogador paga um seguro de 50% do valor da aposta feita e, se o dealer de fato tiver o blackjack, você perde a aposta, mas recebe o seguro em dobro. O que, na prática, significa reduzir as perdas em 50%.
Outra opção é simplesmente desistir. Nas variantes do jogo com essa regra, uma pessoa com uma mão fraca pode se antecipar à derrota e desistir. Com isso, ele perde 50% do valor apostado. Mas, estrategicamente falando, perder metade é melhor que perder tudo. Uma matemática básica que os melhores competidores têm sempre em mente – estrategicamente.