A mãe da bebê que teve o couro cabeludo arrancado durante o parto, Maria Lima de Jesus, de 38 anos, teve alta médica nessa terça-feira (25), em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.
Ela teve a bexiga perfurada durante o parto e ficou em coma.
Já a recém-nascida Natasha Vitória permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Rondonópolis, mas já respira sem a ajuda de aparelhos. A criança também estava em coma após ter tido parte do couro cabeludo arrancado durante o parto.
O parto foi feito as pressas, depois que a mãe ficou internada 13 dias na Santa Casa. Os médicos adiaram o parto, embora a bolsa já tivesse sido estourada, porque a mãe estava grávida de 32 semanas.
A cesariana demorou cerca de 3h e, nessa terça-feira, foi a primeira vez que a Maria amantou a filha.
O caso
Segundo Adalberto de Souza Moreira, a mulher Maria Lima de Jesus, de 38 anos, foi internada no dia 29 de julho, logo após entrar em trabalho de parto. Ele contou que os médicos disseram para ele que a criança era prematura, com 32 semanas, e que eles estavam esperando completar 34 semanas de gestação para realizar o parto.
“Ela ficou 13 dias internada, não deixavam eu entrar, não deixavam eu ficar de acompanhante, eu ficava lá fora chorando e clamando a Deus”, disse o pai da criança.
Segundo ele, no domingo (9) sua entrada foi liberada, mas ele se assustou ao ver a mulher, que estava muito inchada.
“No domingo eles me liberaram para eu ficar com ela a noite, isso já tinha 11 dias internada, minha esposa estava irreconhecível, toda inchada, tinham tirado a neném, só que teve negligência médica, tiraram o couro cabeludo do lado direito da cabeça da minha filha, até a nuca”, explicou o pai.
A Santa Casa admitiu o erro e justificou que na hora da retirada da criança, havia pouco espaço entre a bacia óssea da mãe e a cabeça da criança e, por conta disso, na hora do parto, o bebê teve parte do couro cabeludo arrancado.
A direção da Santa Casa informou que está investigando o caso e o Conselho Regional de Medicina declarou que vai abrir uma sindicância pra apurar se houve falha médica. A Polícia Civil também está apurando a denúncia de falha médica.
Via G1 de MT