Restaurantes que souberem aproveitar o aumento no mercado delivery, poderão fidelizar clientes pela qualidade da comida e da entrega.
O mercado delivery brasileiro vive um “boom” desde o início da pandemia.
Enquanto o setor de varejo enfrenta grandes desafios para digitalizar lojas locais e continuar atendendo a demanda de compradores que foram obrigados a direcionar suas compras para o e-commerce, restaurantes aproveitam a maturidade e necessidade dos clientes hiperconectados.
Desde o início da pandemia, em março, houve um crescimento de 94% nos pedidos de aplicativos como iFood, UberEats e Rappi. Os dados são do Mobilis, app de gestão financeira pessoal que identificou a crescimento no consumo de 160 mil usuários.
O aumento no mercado delivery refletiu diretamente na maneira como nos alimentamos. No Google, as buscas por receitas caseiras nunca foi tão grande e, por todo o país, milhões de pessoas vão sair da pandemia sabendo preparar pão, pizza, bolo, brownie, entre outras gostosuras.
Sem a possibilidade de ir aos restaurantes, café, bares e lanchonetes, consumidores fizeram dezenas de negócios profissionalizar as entregas, que antes, eram encaradas por muitos locais como uma opção secundária que não merecia tanta atenção.
Com as medidas de isolamento, as caixinhas de comida, porções, fast food entregues na porta de casa viraram a experiência principal dos restaurantes.
Mas como manter a mesma qualidade, transmitir segurança e manter uma bela apresentação numa pequena caixinha que é transportada por vários quilômetros?
Profissionalizando o delivery de comida
A necessidade de manter a alta qualidade na entregas delivery criou uma oportunidade de negócio.
Nos grandes centros, começaram a surgir as dark kitchens: um local para que os restaurantes preparem e entreguem os alimentos, sem necessidade de cuidar de uma operação que envolve garçons e consumidores no local.
As dark kitchens não têm mesas, cadeiras, garçons ou espaço para clientes. Apenas uma cozinha que centraliza os pedidos e os distribui para as regiões mais próximas – por isso, são instaladas em bairros ou regiões com alta demanda.
A estratégia foi criada com incentivo dos apps como iFood e, no Brasil, do Rappi. E para grandes marcas, como Outback que já utilizam essa estratégia, possibilita descentralizar pedidos delivery de locais como shopping center.
Nas cidades distantes das capitais, as dark kitchens foram adaptadas pelos próprios cozinheiros e, agora, o conceito se estende também para profissionais autônomos que utilizam o aumento no mercado delivery a seu favor:
de dentro de casa, passaram a preparar e entregar alimentos, mesmo sem existir fisicamente num local com capacidade para receber clientes. E assim, formaram sua clientela.
Experiência completa dentro de uma caixinha
Avaliar a qualidade de um restaurante de acordo com a forma que um alimento é entregue na casa do cliente parece demais?
Para 51% dos entrevistados de uma pesquisa que deixaram de comprar em um restaurante por problemas na embalagem, não.
Isso porque os consumidores compreendem o papel do restaurante e o peso de colocar a responsabilidade em entregadores terceirizados.
E por isso, esperam uma experiência de qualidade que começa no atendimento online e termina no momento em que eles abrem a caixinha e provam a comida.
O papel das embalagens nunca foi tão importante.
Em diversos formatos e qualidades, com tecnologia anti gordura ou anti vazamento, com possibilidade de personalização de cores, imagens e até de deixar recadinhos na caixa para o cliente: vale tudo na hora de proporcionar uma boa experiência.
O que considerar na hora de escolher uma embalagem?
Com tanta responsabilidade em cima das embalagens para delivery, elas assumem papel de importância tão grande quanto do próprio alimento.
E se os donos de restaurantes cuidam de todos os detalhes de escolha de ingredientes, preparo, finalização, ver o trabalho arruinado por conta de uma embalagem ruim não é opção.
A eles, cabem investir nas embalagens que atendem a algumas características:
- Que a embalagem tenha o tamanho e formato ideal para garantir que o alimento seja bem acomodado, embalado e chegue bonito a casa do cliente.
- Que os pratos quentes se mantenham quentes após o transporte. E que os pratos frios também conservem essa característica.
- Considerar o perfil do público-alvo e o tipo de alimento: onde e por quem ele será consumido? A embalagem é bonita suficiente para ir a mesa sem necessidade de transferir o alimento para outra travessa? Se o consumidor desejar, vai conseguir comer diretamente na caixinha com a praticidade necessária para se alimentar enquanto vê filmes e séries?
Todos os itens estão relacionados ao comportamento de consumo e devem ser considerados na hora de proporcionar a melhor experiência possível.
O comportamento pós pandemia
Outro fator considerado importante para os consumidores durante a pandemia e que deve se manter como um hábito é a possibilidade de embalagens que permitem ser higienizadas.
O álcool gel não deve sair tão cedo de dentro das moradias – inclusive, há restaurantes que já incluíram lenços umedecidos com álcool para que os clientes limpem a superfície das embalagens no ato do recebimento.
Por fim, o aumento no mercado delivery durante a pandemia não vai desaparecer. 21% dos dos entrevistados numa pesquisa da consultoria de foodservice Galunion com a Qualibest, informaram que pretendem manter o hábito de pedir comida após o fim do isolamento social.
Os restaurantes que melhor aproveitarem esse crescimento, vão ter benefícios duradouros nos negócios.