PIMENTEIRAS DO OESTE – A busca continua pelo homem que desapareceu nas águas do rio Guaporé após a colisão entre duas embarcações. O homem desaparecido foi identificado como Nirceu Pinheiro Jardim, que estava trabalhando em um garimpo na região de Remanso, na margem boliviana do rio.
Enquanto dois dos ocupantes do barco sobreviveram e foram resgatados na noite de sábado, 16, logo após o acidente náutico, Nirceu desapareceu e está sendo procurado desde o domingo, 17, por equipes do Corpo de Bombeiros. Até agora, as buscas não deram resultados.
Detalhes do Acidente
Segundo Florice de Araújo Oliveira, uma das sobreviventes do acidente, a embarcação com um piloteiro e dois passageiros que vinha em sentido contrário, seguindo da Bolívia para Pimenteiras, ignorou os sinais de luz que ela e os companheiros de viagem deram e bateram violentamente no veículo.
Após a colisão, que jogou no rio os ocupantes de ambos os barcos, Florice ouviu uma intensa gritaria e chegou a ver Nirceu, que não sabia nadar, implorando por ajuda para não morrer afogado. “Eu sei nadar, mas se fosse socorrê-lo, nós dois teríamos morrido. Joguei um galão de plástico, mas ele não alcançou. Gritou, deu um sinal com a mão e depois afundou”, conta.
Os dois sobreviventes do outro barco conseguiram se equilibrar nos galões e foram socorridos quando o barco conduzido por um venezuelano, com Flor e um colombiano também a caminho do garimpo, parou em uma praia.
Condições Precárias
Nirceu, que também é morador de Matupá (MT) se apresenta nas redes sociais como operador de escavadeira hidráulica. Ele relatava estar vivendo em condições precárias no garimpo, onde faltavam inclusive alimentos.
A entrevistada garante que os ocupantes da outra embarcação apresentavam indícios de embriaguez, e garrafas de bebidas que eles teriam consumido foram vistas por ela boiando após o naufrágio. Além disso, garante ela, nenhum dos três usava coletes salva-vidas.
O Folha do Sul Online também vai entrevistar ainda hoje um colega de Nirceu no garimpo de ouro, e ele falará sobre as condições sub-humanas no local, onde ficou por três meses e do qual saiu no mês passado. Os áudios enviados no podem ser as últimas mensagens do desaparecido também serão publicados.