A jovem brasileira Juliana Marins, de 26 anos, morreu em até 20 minutos após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (27/6) por meio de laudo oficial de autópsia divulgado pelo Hospital Geral Regional de Bali Mandara (RSUD).
Segundo o médico legista Ida Bagus Putu Alit, responsável pelo exame, Juliana sofreu múltiplos traumas graves e hemorragias internas, que provocaram sua morte quase imediata após a queda. “Ela faleceu no máximo 20 minutos depois do impacto, sem sinais de hipotermia ou sofrimento prolongado”, explicou.
Causa da morte: múltiplos traumas e hemorragia interna
A autópsia revelou fraturas extensas em várias partes do corpo, incluindo peito, coluna, costas e coxas. Os ossos quebrados atingiram órgãos vitais, especialmente os ligados à respiração, provocando sangramentos intensos no tórax e abdômen.
“A causa direta da morte foi o impacto e o acúmulo de sangue na cavidade torácica. Não havia indícios de que ela tenha sobrevivido por horas”, disse o médico.
Além das fraturas, Juliana apresentou escoriações nos braços, pernas, costas e região da cabeça. O laudo também descartou a hipótese de hipotermia, uma suspeita levantada inicialmente, já que o corpo não apresentava lesões típicas da condição, como necrose nas extremidades.
Queda de 300 metros e resgate dificultado
Juliana fazia uma trilha com um grupo de turistas quando deslizou por uma vala e caiu a uma distância de aproximadamente 300 metros do restante do grupo. O acidente ocorreu durante um mochilão pela Ásia, organizado por uma empresa de turismo local.
Apesar de informações preliminares indicarem que ela teria recebido atendimento logo após a queda, a família negou que houvesse socorro imediato. Segundo relatos, ela aguardava resgate há quatro dias, e as buscas foram suspensas temporariamente devido ao mau tempo. O corpo foi encontrado sem vida na terça-feira (24/6).
Quem era Juliana Marins
Natural de Niterói (RJ), Juliana Marins era formada em comunicação social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e já havia trabalhado em empresas como o Canal Off e o Multishow, do Grupo Globo.
Além de publicitária, Juliana era fotógrafa, dançarina profissional de pole dance e costumava compartilhar sua rotina e viagens nas redes sociais, onde tinha mais de 20 mil seguidores. Seu perfil nas redes se destacava pelas experiências culturais em diversos países e pela paixão por arte, aventura e liberdade.
Família aguarda traslado do corpo
Após a autópsia realizada no Hospital Bali Mandara, em Bali, a família de Juliana Marins trabalha agora no processo de repatriação do corpo para o Brasil, com apoio do consulado brasileiro na Indonésia.
Nas redes sociais, amigos e familiares prestaram homenagens e lamentaram profundamente a perda da jovem, lembrando sua alegria, coragem e amor pela vida.