Por telefone, a estudante Rebecca Vieira, de 17 anos, moradora da cidade de Parnaíba, no Piauí, contou uma história surpreendente e pediu ajuda para tentar encontrar a irmã, que tem 22 anos e teria sido adotada por um casal de Vilhena, onde estaria vivendo atualmente.
Segundo a adolescente, os pais biológicos, que mantêm a cultura cigana, se casaram muitos jovens (ambos com 15 anos) e foram aconselhados por um tio mais velho a doar todos os bebês do sexo feminino que nascessem. A mais velha foi doada em 1998, pouco depois de nascer e teria vindo parar em Vilhena.
Rebecca conta que a irmã do meio, Alane, foi igualmente doada para adoção. Mas, como moram na mesma cidade piauiense, cerca de 9 anos atrás as duas garotas se encontraram, por iniciativa da avó afetiva de Rebecca.
A estudante relata que o pai que a abandonou no hospital morreu em 2003, assassinado numa rixa entre ciganos. Após isso, ela procurou familiares e, uma semana atrás, um tio lhe contou sobre a irmã trazida para Rondônia.
A adolescente disse que, ao encontrá-la, o tio pediu perdão pelo que havia sido feito a ela. Mas, a menina, adotada por um camelô, disse que não havia o que perdoar. “Eu sou muito feliz com a família que me acolheu”, teria dito, acrescentando que uma mulher chegou a vir do Maranhão para levá-la, mas a avó afetiva piauiense venceu a disputa.
Realmente muito bem humorada, Rebecca contou que, no mesmo ano em que a irmã mais velha nasceu, um filho do pai, com outro mulher, veio ao mundo no mesmo hospital, mas ficou com a família.
Admitindo não saber sequer o nome da irmã que nunca viu, a jovem pede a quem tiver informações que possa ajudá-la, que ligue para o seu número de contato: (86) 9-95261696. Ela acrescentou os nomes dos pais biológicos, já que a irmã foi adotada legalmente, e as identidades deles podem ajudar a localizá-la: Rogério Alves da Silva e Elizabeth Ribeiro do Nascimento.
Fonte: Folha do Sul